IMPOSTOS

Bolsonaro sinaliza apoio a PEC dos Combustíveis da Câmara

Presidente disse acreditar que proposta que permite zerar imposto sobre combustíveis será aprovada por unanimidade

Movimentação intensa em postos de combustíveis na RMR após atos de caminhoneiros - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

O presidente Jair Bolsonaro sinalizou nesta quinta-feira (10), apoiar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permite que estados e municípios reduzam parcialmente ou até zerem os impostos sobre óleo diesel, gasolina e o gás de cozinha. Ao mesmo tempo, Bolsonaro disse que acionou o Ministério da Justiça para que entre com processos contra estados pelo preço praticado nos combustíveis.

Bolsonaro mencionou uma PEC apresentada por um parlamentar do Rio Janeiro e disse acreditar que ela será aprovada por unanimidade na Câmara e no Senado. Na semana passada, um projeto nesse sentido foi apresentado pelo deputado federal Christino Áureo (PP-RJ), após ter sido escrita na Casa Civil. Depois, outra proposta, mais ampla, foi apresentada no Senado

"Tem uma Proposta de Emenda à Constituição de autoria de um parlamentar, se não me engano, do Rio de Janeiro nos dando possibilidade, governo federal e estaduais, (de) renunciar receitas, diminuir o imposto, ICMS, o PIS/Cofins, sem que nós tenhamos que buscar uma fonte alternativa para aquela renúncia de receita. Eu tenho certeza que vai passar, acredito, por unanimidade, na Câmara e no Senado", disse o presidente, em transmissão ao vivo em redes sociais.

Na mesma transmissão, Bolsonaro também reclamou da arrecadação que estados fazem do ICMS cobrado sobre combustíveis e disse que o Ministério da Justiça vai apresentar "ações" sobre isso.

"Os estados estão lucrando e muito com o ICMS nos combustíveis. O valor do PIS/Cofins que é o imposto federal, está congelado desde janeiro de 2019. Por exemplo, a gasolina, está alta né, R$ 7 a gasolina, está em 69 centavos a nossa parte, o PIS/Cofins. Já o de governadores está em média R$2,10, porque está em média 30% do valor final da bomba".

O presidente citou que a Secom atuaria no caso, mas provavelmente quis se referir à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que é vinculada ao Ministério da Justiça.

"Hoje entrei em contato com o Ministério da Justiça para que nossa Secom, que está atrasado no tocante a isso, comece a entrar com ações contra estados", disse.