Ucrânia

Rússia fortaleceu sua força militar na fronteira com a Ucrânia no fim de semana

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, considerou possível uma solução diplomática para a crise em torno da Ucrânia

Nesta foto de arquivo tirada em 1º de fevereiro de 2022, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, fala durante um briefing no Pentágono em Washington, DC - Nicholas Kamm / AFP

A Rússia reforçou ainda mais sua presença militar na fronteira com a Ucrânia no último fim de semana, denunciou nesta segunda-feira (14) o porta-voz do Pentágono, John Kirby, apesar do anúncio de Moscou de que alguns exercícios militares terminariam.

O presidente russo, Vladimir Putin, "tem amplas capacidades à sua disposição", disse Kirby à CNN. 

"Ele continua enviando forças adicionais ao longo desta fronteira com a Ucrânia, inclusive no fim de semana, e tem bem mais de 100 mil (homens)", declarou.

"Não é apenas uma questão de números", continuou o porta-voz. "Trata-se de capacidades armamentísticas (...) que vão desde veículos blindados a unidades de infantaria, passando por forças especiais, ciberataques ou mesmo defesa aérea e antimísseis".

O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, anunciou nesta segunda-feira o fim de certas manobras militares, enquanto exercícios terrestres e marítimos nas fronteiras russo-ucranianas e em Belarus alimentam os temores de uma escalada militar. 

Por sua vez, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, considerou possível uma solução diplomática para a crise em torno da Ucrânia, propondo até “prolongar e ampliar” o diálogo, observações muito menos ofensivas do que as que emanaram de Moscou nas últimas semanas. 

O porta-voz do Pentágono, no entanto, reafirmou que o chefe do Kremlin tinha todas as capacidades para lançar “a qualquer momento” uma “grande ofensiva militar muito convencional na Ucrânia”, ou mesmo um ataque menor para desestabilizar o país.