Criança encontrada no lixo

Busca pela mãe da criança encontrada no lixo segue no Cabo de Santo Agostinho

As imagens das câmeras de segurança próximas ao local estão sendo recuperadas e analisadas

Local com caçamba de lixo onde a criança foi encontrada. - Foto: Rafael Furtado/ Folha de Pernambuco

Com o intuito de investigar o caso da criança recém-nascida que foi encontrada em uma caixa de papelão dentro de um cesto de lixo, no último domingo (13), a Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho segue investigando e monitorando os arredores do local onde a bebê foi achada. Nem a mãe, pai ou possíveis familiares da criança foram localizados, mas ela segue bem na Maternidade Padre Geraldo Leite Bastos

A busca por informações é realizada pela Secretaria de Defesa Social do município, localizado na Região Metropolitana do Recife. O trabalho é feito a partir da recuperação de imagens de câmeras de segurança de residências e comércios próximos ao local onde a menina foi encontrada.

Mesmo com o monitoramento nos arredores, ainda não foi possível identificar a pessoa que levou a criança até o lixeiro ou imagens que mostrem o momento em que o mecânico Luiz Paulo encontrou a recém-nascida - ele, inclusive, quer adotar a bebê. A busca segue e, segundo a prefeitura, não tem prazo para ser concluída.

De acordo com a conselheira tutelar que acompanha o caso, Bárbara Kelly, a criança passa bem e está sendo bem cuidada na maternidade. “A criança está bem. Eu entrei em contato nesta terça-feira com a maternidade e ela vem evoluindo. Estava com a previsão de alta para 48 horas, mas fui informada que esse prazo não vai mais existir porque ela irá voltar para fazer alguns exames clínicos e porque ela está com icterícia. Ela vai ser avaliada novamente pelos médicos hoje”, explicou. 

Icterícia Neonatal é um quadro comum em crianças recém-nascidas e se caracteriza pelo amarelamento da pele e/ou dos olhos devido a um excesso de bilirrubina no sangue e normalmente não apresenta grandes riscos. 

Com a criança sendo cuidada, a assistente social avaliou as possibilidades em relação à mãe da menina: “Eu faço um apelo para que  sociedade se manifeste para informar ao Conselho Tutelar ou a polícia alguma informação porque nós não temos nada em relação à mãe da criança ou quem possivelmente poderia tê-la colocado no coletor de lixo. Nós queremos identificar a mãe porque não sabemos se ela está em um surto psicótico ou as razões que justificam o crime cometido. Nós precisamos de uma explicação". 

“Se ela estiver em um surto, isso precisa ser identificado e o Ministério Público vai escutá-la, mas, a priori, a criança será acolhida e estará sob a responsabilidade do Ministério Público e do Poder Judiciário”, completou Bárbara, explicando: "Essa avaliação possível se ela volta para mãe ou não, é decidida pelo juiz junto ao MP