Crise da Ucrânia

ONU pede 'moderação' às partes do conflito da Ucrânia

A subsecretária-geral da ONU, Rosemary DiCarlo, considerou os questões do confronto como "complexos e de longa data"

ONU - POOL/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

A subsecretária-geral da ONU, Rosemary DiCarlo, convocou, nesta quinta-feira (17), as partes envolvidas na crise da Ucrânia a "mostrarem moderação máxima", após incidentes no leste deste país que violaram o cessar-fogo firmado no Acordo de Minsk.

"Caso se confirme, isso não deve permitir que isso escale mais. Convocamos todas as partes a apliquem moderação máxima neste momento delicado", disse Rosemary DiCarlo em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito na Ucrânia.

"A soberania, a independência e a integridade territorial da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas devem ser respeitadas em conformidade com as respectivas resoluções da Assembleia Geral da ONU", frisou. 

DiCarlo considerou a situação atual "extremamente perigosa", na qual a Rússia mantém milhares de soldados - cerca de 150 mil, segundo os Estados Unidos, e 100 mil, conforme a OTAN - estacionados ao longo da fronteira com a Ucrânia para uma possível invasão. Washington afirma ainda que o risco de invasão é "iminente".

DiCarlo considerou os questões subjacentes do confronto como "complexos e de longa data". 

"Embora sejam aparentemente intratáveis, dado o que está em jogo para nossa segurança coletiva e para a estabilidade europeia, esses problemas podem e devem ser resolvidos por meio da diplomacia", defendeu.

Nesta quinta, Kiev e separatistas pró-russos em um distrito leste de Luhansk trocaram acusações sobre a intensificação dos combates e de incidentes, como o de hoje, em que um jardim de infância de Stanitsia-Luganska foi atingido por projéteis de artilharia. 

A Assembleia Geral da ONU deve se reunir em 23 de fevereiro para discutir a situação na Ucrânia. Vários ministros são esperados nesta sessão, de acordo com diplomatas ouvidos pela AFP.

Desde 2014, a Ucrânia está mergulhada em um conflito com rebeldes no leste de seu território, uma guerra que já deixou milhares de mortos.