Olhos atentos e celular na mão: confira as dicas para se proteger de golpes virtuais
Criminosos se aproveitam para passar golpes virtuais e isso tem se tornado cada vez mais frequente
A tecnologia já faz parte da sociedade. Isso é fato. E ela tem interferido em muitos aspectos positivos. Hoje, podemos ligar um carro a distância, desligar lâmpadas esquecidas em casa, por meio de um aplicativo no smartphone, ou até mesmo programar o ar condicionado para ligar em um determinado momento. Contudo, há aspectos negativos: muitas informações pessoais postadas na rede. E isso é um fator de vulnerabilidade.
Com acesso a esses dados, os criminosos se aproveitam para passar golpes virtuais e isso tem se tornado cada vez mais frequente. No ano passado, o laboratório especializado em cibersegurança da PSafe constatou que 150 milhões de pessoas foram vítimas de golpes virtuais no país. Já a companhia de soluções digitais e de cibersegurança apontou o Brasil como o 2º maior alvo mundial de ciberataques.
Diante dessa insegurança virtual, é fundamental aprender como se proteger dos cibercriminosos. Segundo a professora de Direito e Tecnologia na Uniaeso Amanda Nunes, os golpes estão sendo aplicados com mais frequência em razão das baixas quantidades de condenações para esse tipo de crime. “Ocorre que, apesar dos números alarmantes e do enrijecimento das penas voltadas para os crimes cibernéticos como fraude, furto e estelionato, praticados com o uso de dispositivos eletrônicos, esse tipo de investida acaba sendo encorajada, em razão da impunidade”, afirma.
Para a professora, em caso de a vítima perceber que caiu em um golpe, o primeiro passo é fazer o boletim de ocorrência. Outra dica é bloquear os cartões, carteiras virtuais ou quaisquer serviços financeiros que, eventualmente, tenham sido expostos em razão da ação criminosa.
“Apesar do baixo número de condenações para os crimes virtuais, é indispensável a comunicação às autoridades, para que a vítima se resguarde das ações que o criminoso venha a fazer em seu nome e, em segundo lugar, o aumento no número de ocorrências gerará uma inevitável demanda para o poder público alinhar estratégias de repressão”, orienta a docente.
Outras dicas para os usuários que navegam pela internet é nunca adotar a mesma senha em diferentes serviços. Priorizar a utilização de senhas com caracteres especiais e aderir a autenticação em dois fatores ou em duas etapas. Em relação ao WhatsApp, meio onde é crescente o número de golpes, restringe a visualização de foto apenas para contatos.
Como são os crimes?
A criatividade dos criminosos parece não ter fim. Em alguns casos, eles montam um site com traços idênticos ao original, inclusive logo, cores, layout. Para chamar a atenção das vítimas, começam a disparar produtos com preços atrativos, inclusive através de anunciou no Facebook. Quando a vítima clica, é direcionada a um domínio que, na verdade, não pertence à loja real, e lá faz todo processo de compra, só que o produto nunca chegará.
No Instagram, hoje, é comum o “sequestro” do perfil para divulgar a venda falsa de produtos de casa. O indivíduo invade o perfil, altera o e-mail e telefone do titular, dificultando a recuperação da conta. A partir disso, posta uma série de stories dizendo que um amigo vai se mudar e divulga fotos de produtos diversos, com o intuito enganar os contatos daquele perfil.
Outro crime comum ocorre quando a pessoa usa a sua foto do WhatsApp e passa a contatar com seus parentes informando que mudou o número de telefone. A partir disso, iniciam-se investidas, como pedir dinheiro emprestado e informações confidenciais.
Confira dicas para evitar golpes:
1. Nunca adote a mesma senha em diferentes serviços (ex. E-mail, Instagram, Facebook, Twitter, Netflix e etc).
2. Sua senha deve sempre ser composta de caracteres especiais, letras maiúsculas e minúsculas.
3. Utilize a autenticação em dois fatores ou em duas etapas (todas as redes sociais dispõem deste recurso, basta o usuário alterar as suas configurações).
4. Não torne público o número de telefone vinculado ao app.
5. Nunca confirme dados ou envie documentos por telefone ou SMS.
6. Evite compartilhar códigos de confirmação ou links que receber por e-mail ou SMS.