Ajuda

Marcelo Adnet vai a Petrópolis levar doações pessoalmente: 'Quem está de pé ajuda quem não está'

Ator e humorista passou o dia no município arrasado por temporal na última terça-feira (15)

Arquivo Pessoal/Marcelo Adnet

O ator e humorista Marcelo Adnet subiu a Serra na manhã desta sexta-feira (18) para levar doações para Petrópolis, município arrasado por um temporal na última terça-feira (15). Até o momento, 136 pessoas morreram e 213 continuam desaparecidas por conta das enchentes e deslizamentos provocados pelas chuvas na cidade.

Adnet conta que cancelou seus compromissos pessoais para ir até Petrópolis, e o fez na companhia de um amigo. Juntos, eles encheram o carro do ator de itens de higiene, alimentos e artigos infantis e foram até o local da tragédia para ajudar da melhor forma. Já de volta ao Rio, onde chegou por volta das 20h, Adnet contou ao GLOBO que a paternidade (ele é pai da pequena Alice, de 1 ano e 2 meses) o fez olhar em especial para a situação das crianças.

"Como o local da tragédia é próximo ao Rio, a ideia era ajudar de forma mais efetiva do que as ajudas que vieram à distância. Não consegui resistir ao apelo, principalmente das crianças e dos bebês. Agora que sou pai, isso me sensibilizou muito", conta o ator.

"Compramos diversos itens infantis, tapete, fralda, escova de dente, pasta de dente, fralda, fralda geriátrica, muitos brinquedos, até minha filha também fez doação de coisa dela. A gente levou, por exemplo, 20 quilos de queijo, 20 quilos de presunto, cinco quilos de salsicha, foi muita coisa. Descarregamos tudo na Igreja Batista Atitude, na Rua Quissamã 777. Deixamos aos cuidados do Pastor Wallace, que está fazendo triagem e distribuição dessas doações", complementou.

Nas redes sociais, Adnet postou alguns registros de estragos causados pelo temporal na cidade. Ele reforça a importância das pessoas continuarem doando, pois ainda há muito o que se fazer em Petropólis. Fora as doações, frisa o ator, é preciso mão de obra. 

"Quando eu cheguei, tinham dois caminhões descarregando. Muita coisa, muito material chegando e o pessoal já separando em kits para distribuir. Muito legal a mobilização de todo mundo. A preocupação deles é que o fluxo de doações caia nos próximos dias", afirmou.

Além dos mortos e desaparecidos, a cidade soma, até o momento, 849 pessoas acolhidas em 19 pontos de apoio. E o alerta continua ligado por lá, visto que as chuvas fortes devem seguir até sábado na Região Serrana, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Marcelo Adnet diz que pretende voltar a Petrópolis mais vezes e incentiva as pessoas para que o ritmo de doações não desande:

"A dor é uma coisa que a gente divide, assim como a festa, a felicidade. Quando alguém tem dor, tem dificuldade e está precisando, devemos nos juntar e ajudar. Até porque, daqui a pouco, pode ser que a gente mesmo precise de uma força. E aí, quando a gente precisar, tomara que possam nos ajudar também. Então é aquela coisa: quem está de pé ajuda quem não está conseguindo ficar de pé naquele momento. E fica o apelo para as pessoas doarem nos diversos centros de doação aqui no Rio, vai ser muito bem-vindo na Serra. A situação é bem grave lá, o povo está trabalhando bastante. Mão de obra também é importante pra liberar as ruas, pra distribuir as doações. Fico triste pela tragédia mas feliz de poder ajudar em alguma coisa", concluiu.