SP tem redução nas internações por covid-19 em UTIs e enfermarias
Secretário de Saúde disse que o impacto da variante ômicron no sistema de atendimento foi pequeno quando comparado às outras ondas da doença
A ocupação dos leitos dedicados exclusivamente aos pacientes com Covid-19 no estado de São Paulo teve uma importante queda nos últimos 7 dias. Os leitos em uso passaram de 58% para 47% nas enfermarias e 68% para 58% nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), os dados refletem a realidade de todo estado.
Ao Globo, o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que a vacinação foi determinante para o desfecho da atual onda da Covid-19 e lembrou que o impacto da variante ômicron no sistema de atendimento foi pequeno quando comparado às outras ondas da Covid.
— Para se ter uma ideia, nós tivemos 15 mil internações, no pico da Ômicron, sendo 4.700 em terapia intensiva e o resto na enfermaria. No pico da segunda, tivemos 30 mil pacientes (internados). E, veja, estávamos numa fase emergencial. Faziamos com que pessoas restringissem horários, serviços. Essa diferença mostra efetivamente o impacto da vacinação no que tange essas variantes — diz o secretário.
Diante do atual cenário, Gorinchteyn afirmou que é preciso guardar certos cuidados no período do Carnaval, na próxima semana.
– O cenário do Carnaval merece atenção, não é verdade que tudo acabou. Temos obrigatoriedade de uso de máscara é importante que as pessoas evitem as grandes aglomerações em periodos festivos. Não é o momento, não é o recado que passamos (que as pessoas se aglomerem para comemorar) – afirma. – A responsablidade é de todos.
Os dados de internação foram compartilhados pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em suas redes sociais. Na mesma postagem, ele ainda trouxe dados referentes ao avanço da imunização contra o vírus na região. De acordo com o levantamento do governo, 98% dos paulistas têm 1 dose da vacina, 87% concluíram o ciclo de duas aplicações. Em relação às crianças, 63% estão com uma aplicação de Pfizer ou CoronaVac.
A publicação, contudo, não traz informações sobre a dose de reforço, a terceira, para boa parte da população. Conforme o Globo mostrou, o estado ainda precisa chegar aos braços de 8 milhões de paulistas que já estão aptos a receber a agulhada extra, mas ainda não apareceram nos postos.