Rogério Caboclo é afastado definitivamente da CBF
Dirigente foi punido com mais 20 meses de afastamento e cargo foi considerado vago. CBF deve convocar nova eleição em até 30 dias
Rogério Caboclo está fora da presidência da CBF. O afastamento definitivo do dirigente foi confirmado por unanimidade pela Assembleia Geral realizada nesta quinta-feira (24), que corroborou a sugestão do Conselho de Ética para que ele sofresse uma nova punição, desta vez ficando fora do cargo por 20 meses. Agora, a presidência da CBF é considerada vaga, segundo o estatuto. A Confederação tem até 30 dias para convocar novas eleições para um mandato tampão, onde apenas os vice-presidentes podem concorrer. Até o momento, apenas dois deles lançaram candidatura.
Todas as 27 federações estaduais votaram contra Caboclo. Ele foi acusado pelo diretor de TI da CBF de assédio moral. Segundo Fernando França relatou, o dirigente o difamou e cometeu injúria por ele ter se negado a rastrear o telefone e os e-mails de uma ex-secretária de Caboclo que o acusou de assédio sexual.
O cargo está considerado vago porque Caboclo já estava afastado por 21 meses desde setembro do ano passado, também por decisão unânime da assembleia, como punição no caso envolvendo a ex-funcionária. Somadas as duas sanções, o tempo de afastamento será maior do que o que ele teria de mandato, que se encerraria em abril de 2023.
Agora cabe ao vice-presidente mais velho, Antônio Carlos Nunes, convocar novas eleições em até 30 dias. Contudo, o esperado é que ele abdique dessa prerrogativa já que deve se licenciar do cargo por causa de um tratamento médico. Caberá então a Antônio Aquino, segundo vice mais velho, ficar responsável pelo pleito. Caso ele também decline, a responsabilidade será de Ednaldo Rodrigues, que é candidato ao lado de Gustavo Feijó.
Segundo estimativas internas, Ednaldo tem vantagem sobre o colega. Ele teria apoio de 22 das 27 federações estaduais, com exceção da de Alagoas (que é presidida pelo filho de Feijó), Sergipe, Piauí, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Entre os vices a expectativa é que Ednaldo receba apoio de cinco dirigentes e Feijó apenas o de Castellar Guimarães Netto. Entre os clubes das séries A e B, acredita-se que Ednaldo também seja o favorito.