Confira efeitos no esporte da invasão militar da Rússia à Ucrânia

O primeiro impacto foi a paralisação do Campeonato Ucraniano e das demais competições no país

O mundo do esporte foi abalado após a invasão da Rússia ao território ucraniano. Os efeitos do cenário de guerra já foram sentidos.  O primeiro impacto foi a paralisação do Campeonato Ucraniano e das demais competições no país. Enquanto isso, a UEFA afirmou que irá promover hoje uma reunião extraordinária para avaliar o cenário e tomar as medidas necessárias. Uma das prováveis decisões da entidade será a mudança do local da final da Liga dos Campeões da Europa, antes agendada para ocorrer em São Petersburgo, na Rússia, no dia 28 de maio.

Outra ação que pode acontecer por parte da UEFA é o banimento da seleção feminina da Rússia na disputa da Eurocopa. A equipe está classificada no Grupo C, ao lado da Holanda, Suécia e Suíça.

A Rússia também está classificada para a disputa da repescagem europeia para a Copa do Mundo do Catar, em novembro. O problema é que o adversário dos russos, os poloneses, se recusam a jogar "em território de Vladimir Putin". As federações de futebol da Polônia, Suécia e República Checa solicitaram, em comunicado conjunto, mudança de local nos jogos previstos para serem disputados pelos russos na fase que vale vaga no Mundial.

Repercussão na Alemanha e na F1

Na Alemanha, o Schalke 04 informou que removeu a marca russa "Gazprom", gigante empresa do ramo de energia, dos uniformes. Já os campeões mundiais de Fórmula 1, Max Verstappen e Sebastian Vettel, afirmaram que não querem participar do Grande Prêmio da Rússia, em setembro.

"Acordei surpreso. É horrível ver o que está acontecendo. De minha parte, minha opinião é que não devo ir, não vou", disse Vettel, em entrevista coletiva na Catalunha, onde acontecem os testes da pré-temporada. "Quando um país está em guerra, o correto é não correr lá, com certeza. Mas o que conta não é o que eu penso, será decidido por todo o paddock", declarou, por sua vez, Verstappen. A F1 informou que "acompanha de perto o desenvolvimento da situação na Rússia", mas sem se posicionar sobre uma possível suspensão do GP no país europeu.

Violação de trégua olímpica

O Comitê Olímpico Internacional (COI) acusou Moscou de ter violado a trégua olímpica, ao invadir a Ucrânia, e anunciou sua disposição de oferecer assistência humanitária aos atletas ucranianos. A entidade relembrou que 193 Estados que compõem a ONU adotaram uma resolução, em 2 de dezembro de 2021, que pede o "respeito à trégua olímpica" para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Pequim 2022, desde sete dias após o início do evento, em 4 de dezembro, até sete dias depois do encerramento, de 4 a 13 de março.