'A economia da Rússia deve sentir toda a força das sanções', diz bilionário Richard Branson
Empresário da Virgin Galactic reforçou a pressão para país de Vladimir Putin ser cortado da Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias (Swift)
O bilionário britânico Richard Branson, da Virgin Galactic, reforçou a pressão por sansões econômicas à Rússia, diante da invasão à Ucrânia, incluindo o afastamento do país de Vladimir Putin da Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias (Swift) — a principal rede de pagamentos internacionais do mundo. Tal medida tornaria mais difícil para as empresas russas fazer negócios.
"As sanções anunciadas até agora pelo Reino Unido, UE e EUA são bem-vindas e marcam um passo na direção certa. Mas agora temos que ir mais longe. A liderança, as instituições e a economia da Rússia devem sentir toda a força das sanções. É hora do próximo nível, incluindo cortar a Rússia do Swift", afirmou o empresário numa postagem de Facebook nesta sexta-feira (25).
Branson elogiou a medida do Reino Unido em banir a companhia russa Aeroflot do espaço aéreo britânico.
"Todos os países europeus deveriam seguir o exemplo. Aviões privados russos também devem ser banidos do espaço aéreo europeu", acrescentou. "Putin deve ser responsabilizado por suas ações — por iniciar uma guerra de agressão (crimes contra a paz) e possivelmente por atingir civis também (crimes de guerra). No mínimo, ele não deveria poder viajar, seus bens deveriam ser congelados ou apreendidos, incluindo seu valioso iate. Em muitas cidades russas, bravos manifestantes antiguerra estão sendo presos e processados. É bom ver dezenas de milhares em cidades ao redor do mundo livre tomarem as ruas em apoio à Ucrânia".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também pediu pela saída da Rússia do Swift, mas as potências ocidentais ainda hesitam quanto a isso. Segundo um funcionário da União Europeia, a medida deve ser reservada para uma futura rodada de sanções, caso a o bloco precise reforçar sua punição à Rússia.
O Swift não lida com qualquer transferência ou fundos, mas seu sistema de mensagens, desenvolvido na década de 1970 para substituir a dependência das máquinas de Telex, fornece aos bancos uma forma de comunicação rápida, segura e barata. A empresa, com sede na Bélgica, é uma cooperativa de bancos e pretende permanecer neutra no conflito.
Houve ameaças de exclusão da Rússia deste sistema em 2014, após a anexação da Crimeia. No entanto, a Rússia é um grande exportador de petróleo, e seu afastamento do Swift poderia estimular o país a acelerar o desenvolvimento de um sistema de transferências alternativo, com a China fez, por exemplo.
De acordo com a associação nacional RosSwift, a Rússia é o segundo maior país, atrás dos Estados Unidos, em número de usuários, com cerca de 300 instituições financeiras pertencentes ao sistema. Mais da metade das instituições financeiras da Rússia são membros do Swift.
"O mundo está pensando no bravo povo da Ucrânia e em suas forças armadas que estão travando uma luta infernal contra a força invasora russa. O mínimo que todos nós podemos fazer é garantir que Putin e aqueles ao seu redor paguem o preço por sua agressão", declarou Branson.