BNB financiou R$ 25,9 bilhões em 2021
Pernambuco recebeu R$ 5,1 bilhões em empréstimos
Em 2021, o Banco do Nordeste – que atua nos nove estados da região, além do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo – financiou um total de R$ 25,9 bilhões através de 651 mil operações com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE. Segundo estimativas do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) – vinculado ao Banco, esse montante permitiu a geração ou manutenção de 1,7 milhão de empregos.
Somente o Crediamigo – programa de microcrédito urbano destinado a os empreendedores individuais ou reunidos em grupos solidários, que atuam no setor informal ou formal da economia – aplicou 12,7 bilhões a partir de 4,2 mil financiamentos.
Em Pernambuco, o Crediamigo aplicou R$ 864 milhões via 285,8 mil operações. No total, os financiamentos no Estado somaram R$ 5,1 bilhões. Segundo o presidente do BNB, José Gomes da Costa, os resultados foram até melhores do que o esperado por causa dos efeitos da pandemia na economia. Ele destaca também que 67% das pessoas beneficiadas com os recursos do Crediamigo são mulheres. Em média, cada uma dessas operações envolve o empréstimo de R$ 2,9 mil.
Já o Agroamigo – destinado a agricultores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) desembolsou R$ 3,4 bilhões através de mais de 9 mil operações. Nesse caso, o valor médio financiado é de R$ 5,75 mil. Em Pernambuco, o programa desembolsou R$ 391 milhões em cerca de 68 mil operações.
“Estamos buscando sempre fortalecer o Crediamigo que já oferece condições de financiamento melhores do que instituições do mercado financeiro. Mas queremos baixar ainda mais as taxas cobradas dos nossos clientes”, reforçou o presidente. O restante dos recursos aplicados ao longo de 2021 foram destinados a financiamentos de longo prazo que beneficiam projetos rurais, industriais, agroindustriais, infraestrutura, comércio e serviços. Com o intuito de reduzir ainda mais as desigualdades, a região do semiárido recebeu uma maior atenção, com o aporte de R$ 16,1 bilhões em financiamentos.
Na área de infraestrutura, o destaque foi para o setor de energias alternativas. Projetos de geração fotovoltaicos receberam R$ 3,1 bilhão. Já na área da energia eólica, foram R$ 3,09 bilhões. Segundo o presidente do BNB, a meta é aumentar o montante destinado a essa área através da criação de um Fundo de Energia Renovável e também de parcerias como a que vem sendo desenhada com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).