Economia

Toyota vai interromper operações em suas fábricas no Japão por suspeita de ataque cibernético

Empresas serão fechadas na terça-feira. Primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que governo investigará se Rússia está envolvida

Fábrica da Toyota em São Bernardo do Campo - Divulgação/Toyota

A Toyota Motor anunciou que suspenderá as operações de suas fábricas no Japão na terça-feira depois que um fornecedor de peças plásticas e componentes eletrônicos foi atingido por um suposto ataque cibernético.

Ainda não havia informações sobre quem seria o autor do possível ataque. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que seu governo investigará o incidente e se a Rússia está envolvida.

— É difícil dizer se isso tem algo a ver com a Rússia antes de fazer uma verificação completa — disse ele a repórteres.
 

O ataque ocorre logo depois que o Japão se juntou aos aliados ocidentais para reprimir a Rússia após a invasão à Ucrânia.

O fornecedor que teria sofrido o ataque é a Kojima Industries, fabricante de peças de plástico e componentes eletrônicos. Um porta-voz da Toyota descreveu o ocorrido como uma "falha no sistema do fornecedor".

A empresa ainda não sabe se a paralisação em suas 14 fábricas no Japão, que respondem por cerca de um terço de sua produção global, durará mais de um dia, acrescentou o porta-voz.

Algumas fábricas operadas pelas afiliadas da Toyota, Hino Motors e Daihatsu, estão incluídas no desligamento.

Kishida anunciou no domingo que o Japão se juntaria aos Estados Unidos e outros países para impedir que alguns bancos russos acessem o sistema de pagamento internacional Swift.

Ele também disse que o Japão daria à Ucrânia US$ 100 milhões em ajuda de emergência

A paralisação da produção da Toyota ocorre quando a maior montadora do mundo já está enfrentando interrupções na cadeia de suprimentos em todo o mundo causadas pela pandemia, que forçou ela e outras montadoras a reduzir a produção.

A empresa este mês também viu parte da produção interrompida na América do Norte devido à escassez de peças causada pelos protestos dos caminhoneiros canadenses.