Guerra na Ucrânia

Volvo suspende remessas de carros para a Rússia, após invasão à Ucrânia

Empresa sueca é a primeira montadora internacional a adotar medida e se junta a companhias de outros setores

Concessionária Volvo - Divulgação

A montadora sueca Volvo Cars anunciou, nesta segunda-feira, que suspenderá as remessas de carros para o mercado russo até novo aviso. A empresa se torna a  primeira montadora internacional a adotar uma medida nesse sentido enquanto as sanções sobre a invasão da Ucrânia por Moscou aumentam.

Em um comunicado fornecido por e-mail, a empresa disse que tomou a decisão por causa de "riscos potenciais associados ao comércio de material com a Rússia, incluindo as sanções impostas pela UE e pelos EUA".

"A Volvo Cars não entregará nenhum carro ao mercado russo até novo aviso", disse a empresa.
 

Um porta-voz da Volvo disse que a montadora exporta veículos para a Rússia a partir de fábricas na Suécia, China e Estados Unidos.

A Volvo vendeu cerca de 9 mil carros na Rússia em 2021, com base em dados do setor.

Mais cedo nesta segunda-feira, a fabricante sueca de caminhões AB Volvo disse que interrompeu toda a sua produção e vendas na Rússia devido à crise na Ucrânia.

A fabricante de caminhões alemã Daimler Truck também disse que congelaria suas atividades comerciais na Rússia com efeito imediato, incluindo sua cooperação com a fabricante de caminhões russa Kamaz.

Na semana passada, várias empresas, incluindo as montadoras Volkswagen e Renault e a fabricante de pneus Nokian Tires, delinearam planos para fechar ou mudar as operações de fabricação após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

No domingo, a britânica BP disse que estava abandonando sua participação na gigante petrolífera russa Rosneft em um fim abrupto e caro de três décadas de operação na Rússia, marcando o movimento mais significativo já feito por uma empresa ocidental em resposta à invasão da Ucrânia por Moscou.

Nessa segunda, foi a vez da Equinor, controlada pelo governo norueguês, anunciar que vai suspender novos investimentos no país e iniciar o processo de saída das joint-ventures que mantém com companhias de energia russas.