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Museu de cera de Paris retira estátua de Putin de seu acervo em protesto à guerra

Líder russo perdeu seu lugar no famoso Musée Grévin, que planeja substituí-lo pelo ucraniano Volodymyr Zelensky

Funcionário do museu Grevin embala uma estátua de cera do presidente russo Vladimir Putin - Julien de Rosa / AFP

O célebre Museu Grévin, de Paris removeu ontem a estátua de cera do presidente russo Vladimir Putin, em protesto contra sua invasão da Ucrânia. Criada em 2000, a obra já havia sido danificada por visitantes no fim de semana e agora será transferida para um armazém até novo aviso.

O museu está considerando substituí-la por uma estátua do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

“Hoje não é mais possível apresentar um personagem como ele... pela primeira vez na história do museu, estamos retirando uma estátua por causa de eventos históricos em andamento”, disse o diretor do museu, Yves Delhommeau, à rádio France Bleu.

No fim de semana, a estátua sofreu ataques de visitantes e parecia desgrenhada, disse ele. “Dado o que aconteceu, nós e nossa equipe não queremos ter que arrumar seu cabelo e aparência todos os dias”, disse Delhommeau, que se mostrou aberto à possibilidade de incluir uma estátua do presidente ucraniano no museu.

“Ele (Zelensky) se tornou um herói por ter resistido e por não ter fugido de seu país. Ele poderia perfeitamente ocupar seu lugar entre os grandes homens da história e hoje”, disse o diretor.