Guerra na Ucrânia

Cidade portuária ucraniana de Mariupol é 'bloqueada' pelas forças russas

Prefeito Vadim Boitchenko pede o estabelecimento de um corredor humanitário

Tanque do exército ucraniano é destruído no assentamento de Gnutovo, nos arredores de Mariupol - Handout / Russian Defence Ministry / AFP

A estratégica cidade portuária de Mariupol, no leste da Ucrânia, está enfrentando um "bloqueio" e ataques "implacáveis" das forças russas, declarou neste sábado (5) o prefeito Vadim Boitchenko, que pede o estabelecimento de um corredor humanitário.

"No momento estamos buscando soluções para os problemas humanitários e todos os meios possíveis para tirar Mariupol do bloqueio", disse o prefeito em mensagem pela conta no Telegram do governo da cidade.

"Nossa prioridade é chegar a um cessar-fogo para que possamos recuperar infraestruturas vitais e estabelecer um corredor humanitário para levar alimentos e remédios à cidade", acrescentou.

A captura desta cidade de 450.000 habitantes, localizada à beira do Mar de Azov, representaria uma vitória para Moscou na invasão da Ucrânia, pois conectaria as forças russas na península ocupada da Crimeia com as tropas separatistas pró-russas no leste ucraniano.

Na quinta-feira, o prefeito de Mariupol acusou as tropas russas de querer sitiar a cidade destruindo pontes e trens para impedir a saída dos moradores.

"Durante cinco dias nossa cidade natal, nossa família de meio milhão de habitantes, sofreu ataques implacáveis", escreveu o prefeito, que pediu para a resistência não desistir.

Ele assegurou que a cidade é defendida por unidades do exército ucraniano, a Guarda Nacional, o regimento ultranacionalista Azov, guardas de fronteira e a infantaria de fuzileiros navais.