Briga com Ciro Gomes e condenação eleitoral: relembre outras polêmicas de Arthur do Val
O deputado estadual voltou à cena das polêmicas após falas machistas na Ucrânia
Antes da revelação do áudio com frases sexistas, que geraram repúdio de políticos, entidades e até da secretaria da mulher do governo federal, o deputado estadual Arthur do Val (Podemos - SP) já ostentava um histórico de polêmicas. Por causa de sua atuação como Youtuber, ele chegou a ser alvo de denúncia de assédio.
Já como deputado, se envolveu em richas com outros políticos e com o próprio partido, e foi condenado pela justiça eleitoral após ofender o Padre Júlio Lancelloti.
Relembre as principais polêmicas do deputado:
No seu canal do YouTube - o Mamãe Falei - , por onde ficou famoso, Arthur do Val costumava gravar vídeos emmanifestações organizadas pela esquerda, a fim de defenfer suas posições liberais.
Nesse contexto, em 2016, o então youtuber passou a tentar entrar em ocupações escolares, durante a onda nacional de reinvindicações de secundaristas. Por entrevistar menores, ele recebeu críticas e ameaças de processos.
Em outubro de 2016, Do Val tentou entrar no Colégio Estadual do Paraná , o que resultou numa investigação, na Delegacia da Mulher, por atentado violento ao pudor. A autora do registro de ocorrência foi uma jovem de 17 anos, filmada sem autorização na escada do colégio.
Dois anos depois, quando já se apresentava como candidato a deputado, Arthur do Val protagonizou um entrevero com Ciro Gomes, então candidato a presidente. Na ocasião, o youtuber acusou Gomes de ter lhe agredido durante a gravação de um vídeo no Fórum da Liberdade, quando chegou a afirmar "Você acha que eu sou a Patrícia Pillar para você bater?", em referência ao ex-casamento de Gomes. E depois aí da o chamou de "frouxo". Em seguida, segundo Do Val, Gomes teria lhe batido na cabeça. Já o pedetista negou agressões físicas à imprensa.
Eleito pelo Democratas, assim como outros colegas do MBL, Arthur do Val acabou durando pouco no então partido. Em novembro de 2019, ele foi expulso da sigla, por decisão do diretório estadual de São Paulo, que considerou seus atos "incompatíveis com as deliberações do partido". Na época, o deputado vinha criticando publicamente outros membros do Democratas.
Acostumado a críticas figuras progressistas, Arthur do Val chamou o Padre Júlio Lancelloti de "uma das maiores farsas da história de São Paulo". Em vídeos, chegou a acusar Lancelloti de pedofilia.
Os ataques ocorreram num contexto de debate sobre as ações filantrópicas de Lancelloti no centro da capital paulista. Em outubro de 2020, Arthur do Val foi condenado pela Justiça Eleitoral, após representação do Ministério Público. A Justiça entendeu que o deputado realizou propaganda eleitoral antecipada e vedada e que praticou calúnia, difamação e injúria contra Lancelloti.
Em 2016, o então youtuber Arthur do Val acabou sendo um protagonista das eleições municipais de Porto Alegre, especificamente no caso da morte de Plinio Zalewski, que no início daquela corrida era coordenador de campanha de Sebastião Melo (MDB). Semanas antes da morte de Zalewski, Do Val esteve em Porto Alegre, para gravar seus vídeos.
Em um desses, acusou Zalewski de ser funcionário fantasma da Assembleia Estadual Legislativa, e, logo depois, Zalewski pediu exoneração do seu cargo comissionado. Semanas depois, quando o ex-funcionário foi encontrado morto, pessoas próximas relacionaram a agressividade do vídeo como uma possível motivação para suicídio.