Fórmula 1

Haas rompe com patrocinador russo Uralkali e com piloto Mazepin

Contrato do pilotoontrato estava vinculado ao patrocínio da equipe de F1

Nikita Mazepin é filho de um dos principais acionistas da Uralkali - Giuseppe CACACE / AFP

A equipe norte-americana de Fórmula 1 Haas anunciou sua decisão de encerrar "com efeito imediato" seu relacionamento com o patrocinador russo Uralkali e o contrato do piloto Nikita Mazepin, também russo, devido à invasão da Ucrânia. 

"Assim como toda a comunidade da Fórmula 1, a equipe está chocada e triste com a invasão da Ucrânia e deseja um fim rápido e pacífico do conflito", escreveu a Haas em um comunicado. 

A identidade do substituto de Mazepin não foi divulgada imediatamente, mas deve ser conhecida antes da segunda e última rodada de testes de pré-temporada, que acontece no Bahrein de 10 a 12 de março. 

Nikita Mazepin (de 23 anos) é filho do milionário e oligarca russo Dmitry Mazepin, acionista do grupo Uralkali, especialista na produção de potássio, e seu contrato estava vinculado ao patrocínio da equipe. 

Na última jornada da sessão de testes de pré-temporada de Montmeló, em 25 de fevereiro, a Haas decidiu remover as cores russas da Uralkali que geralmente adornavam seus carros. 

A promotora do campeonato mundial de Fórmula 1, a Formula One, anunciou nesta quinta-feira a rescisão definitiva de seu contrato com a promotora do Grande Prêmio da Rússia, cuja edição de 2022 seria a última organizada em Sochi, antes de se mudar para São Petersburgo.

"Muito decepcionado" 

Na segunda-feira, o Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou o veto a russos e bielorrussos de competições esportivas, quebrando uma longa tradição de não intervenção em debates políticos ou geopolíticos. 

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) decidiu, por sua vez, autorizar pilotos russos ou bielorrussos em suas competições, incluindo a Fórmula 1, mas com bandeira neutra. 

Antes havia anunciado que "nenhuma competição internacional ocorrerá na Rússia ou na Belarus até nova ordem" e que "nenhuma bandeira, símbolo ou hino da Rússia ou da Belarus será usado em competições internacionais até nova ordem. 

Mazepin mostrou sua tristeza com a decisão da Haas em uma reação nas redes sociais. 

"Estou muito desapontado ao saber que meu contrato na Fórmula 1 foi quebrado. Embora eu entenda perfeitamente as dificuldades que surgiram, a decisão da FIA (de autorizar os pilotos russos a competir sob condições) e minha vontade de aceitar as condições propostas para prosseguir foram completamente ignoradas e nenhum procedimento foi seguido neste medida unilateral", escreveu ele. 

"Não direi mais nada nos próximos dias", disse o piloto.