Congressistas dos EUA prometem desbloquear US$ 10 bi em ajuda à Ucrânia
Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, metade seria destinada à área militar
Legisladores do Congresso dos Estados Unidos prometeram neste sábado (5) desbloquear 10 bilhões de dólares em ajuda para a Ucrânia, cuja metade seria destinada à área militar, durante uma reunião virtual com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
"Desbloquearemos rapidamente esses 10 bilhões de dólares para ajudar o povo ucraniano nos âmbitos econômico, humanitário e de segurança", afirmou Chuck Schumer, líder do Partido Democrata no Senado, segundo uma fonte com conhecimento da reunião.
"Os legisladores no Senado e na Câmara, republicanos e democratas, se uniram ao chamado. Estamos unidos para apoiar a Ucrânia", disse o senador republicano Steve Daines à emissora Fox News. "Temos que votar por esta ajuda de 10 bilhões, que seria metade humanitária e metade militar", acrescentou.
Por sua vez, o presidente Zelensky reivindicou o endurecimento das sanções econômicas contra a Rússia, em especial a proibição de importações de petróleo e gás russos, assim como a suspensão da Rússia dos cartões de crédito Visa e Mastercard, segundo os representantes.
O presidente ucraniano também "fez um apelo para que os países do leste europeu lhe fornecessem aviões de fabricação russa [...] e eu faria o possível para que o governo [americano] facilitasse o seu transporte", acrescentou Chuck Schumer em nota.
Já o senador republicano Lindsey Graham, também aproveitou para criticar o governo de Joe Biden em um vídeo no Twitter. "Há aviões disponíveis em alguns países da Otan que os ucranianos sabem pilotar, mas parece que os Estados Unidos fazem parte do problema, e não da solução", afirmou.
"Vamos dar a eles os aviões e drones de que precisam", acrescentou Graham, sem dar mais explicações.
O alto representante para a política externa da União Europeia, Josep Borrell, declarou no domingo passado que os países do bloco estavam dispostos a entregar aviões de combate do tipo MiG, que os ucranianos sabem pilotar.
Contudo, os países que efetivamente enviariam esses aviões, como Bulgária, Polônia e Eslováquia, decidiram mostrar maior moderação.