EUA e Ucrânia

Blinken se reúne com chanceler ucraniano e transmite apoio dos EUA

No encontro, o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, criticou a recusa da Otan em estabelecer uma zona de exclusão aérea na Ucrânia

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, chegam para falar com a mídia após se reunirem na fronteira ucraniana-polonesa em Korczowa, Polônia, em 5 de março de 2022 - Olivier Douliery / Pool / AFP

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, se encontrou com o chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba, na fronteira entre a Polônia e a Ucrânia, país que é alvo de uma invasão russa há 10 dias.

Blinken e Kuleba se encontraram por 45 minutos, sob forte segurança, em um ponto de fronteira por onde passam milhares de refugiados e discutiram o envio de armas para a Ucrânia e mecanismos para aumentar a pressão sobre Moscou.

"Espero que as pessoas na Ucrânia possam ver isso como uma demonstração clara de que temos amigos que estão ao nosso lado", declarou Kuleba após seu encontro no posto fronteiriço de Korczowa-Krakovets.

A Ucrânia "prevalecerá", afirmou Blinken.

"Não é segredo para ninguém que nosso pedido mais importante é sobre caças, aviões de assalto e sistemas de defesa antiaérea", revelou Kuleba.

"Precisamos de sistemas de defesa antiaérea para garantir a segurança de nossos céus. Se perdermos os céus, haverá muito mais sangue no solo", acrescentou.

No entanto, Kuleba criticou a recusa da Otan em estabelecer uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, justificada pelo risco de que possa degenerar em uma "guerra total", segundo a Aliança Atlântica.

"Me parece um sinal de fraqueza", lamentou Kuleba, que sustentou que "o povo ucraniano pagará o preço" por esta decisão.

O ministro ucraniano agradeceu a coordenação para adotar sanções importantes contra a Rússia, mas expressou seu medo de que essas medidas sejam aplicadas com relutância, a fim de evitar um impacto econômico nos próprios países ocidentais.