Conflito Ucrânia x Rússia

Mais de 2.500 detenções na Rússia em protestos contra contra intervenção na Ucrânia, informa ONG

De acordo com a OVD-Info, mais de 11 mil manifestantes foram detidos na Rússia desde 24 de fevereiro, quando começaram as operações militares. 

Manifestante é detido na Rússia durante protesto - Sergei Mikhailichenko/AFP

Mais de 2.5000 pessoas foram detidas neste domingo (6) por participação em protestos em várias localidades da Rússia contra a intervenção militar na Ucrânia, informou a ONG OVD-Info, que monitora as manifestações no país. 

De acordo com a organização, mais de 11 mil manifestantes foram detidos na Rússia desde 24 de fevereiro, quando começaram as operações militares. 

Apesar das intimidações das autoridades e da ameaça de penas de prisão, protestos - limitados - foram organizados todos os dias da última semana em diversas cidades do país. 

O líder opositor Alexei Navalny - que está preso - convocou os russos a sair às ruas todos os dias para pedir a paz, apesar da pressão do governo. 

Em Moscou, ao menos 560 pessoas foram detidas neste domingo, informou a OVD-Info, inclujindo um diretor da ONG Mémorial, Oleg Orlov, e a conhecida ativista Svetlana Gannushkina.

A OVD-Info também relatou pelo menos 279 pessoas detidas em São Petersburgo.

Vários ativistas e ONGs publicaram vídeos nas redes sociais que mostram detenções brutais, com agressões.

De acordo com a OVD-Info, mais de 200 pessoas foram detidas nas cidades de Novosibirsk e Ekaterimburgo.

Para dissuadir qualquer crítica, as autoridades russas aprovaram uma nova lei na sexta-feira que reprime "informações falsas" sobre as atividades do exército russo na Ucrânia. De acordo com o texto, as penas variam de multa a 15 anos de prisão.

Meios de comunicação russos e estrangeiros anunciaram a suspensão das atividades na Rússia. 

As pessoas que protestam contra a presença militar russa na Ucrânia estão sistematicamente expostas a multas, de acordo com um novo artigo do código administrativo que proíbe ações públicas que "desacreditem as Forças Armadas".