Economia

Bolsonaro afirma que paridade internacional do preço do petróleo 'não pode continuar acontecendo'

Presidente afirmou que atrelamento ao preço mundial é 'grande problema' e que buscará 'solução'

Presidente Jair Bolsonaro - Isac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (7), que a paridade internacional do preço do petróleo é resultado de uma "legislação errada" e "não pode continuar acontecendo". Diante do aumento no preço do barril do petróleo, Bolsonaro afirmou que não pode repassar inteiramente esse reajuste para o preço do combustível.

— Tem uma legislação errada feita lá atrás, que você tem a paridade com o preço internacional. Ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo. Estamos vendo isso aí, sem ter nenhum sobressalto no mercado — disse Bolsonaro, em entrevista à rádio Folha, de Roraima.
 

O presidente disse que a paridade é o "grande problema" e que uma "solução" será buscada "de forma "bastante responsável":

— Leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço do barril produzido aqui e o preço lá de fora. Esse é o grande problema, nós vamos buscar solução para isso de forma bastante responsável.

O barril de petróleo do tipo brent chegou a US$ 139 na madrugada desta segunda-feira, maior cotação desde o recorde de US$ 147,50 de julho de 2008. O aumento ocorre diante do temor de uma escalada nas sanções ocidentais à Rússia pela invasão da Ucrânia.

Bolsonaro afirmou que esse assunto será tratado em reunião nesta segunda com os ministérios da Economia e da Minas e Energia além da Petrobras, mas adiantou que "não é admissível" repassar esse aumento para os consumidores. 

— Isso que está acontecendo, esse preço altíssimo do petróleo, algo anormal, atípico, que o governo federal, nós, juntamente com a Economia agora à tarde, Ministério de Minas e Energia e a própria Petrobras vamos buscar uma alternativa. Porque, se você for repassar isso tudo para o preço dos combustíveis, você tem que dar aumento em torno de 50% nos combustíveis. Não é admissível.

De acordo com o presidente, "a população não aguenta uma alta com esse percentual aqui no Brasil".