Sarah Fonseca

Influenciadora carioca presta queixa em delegacia do RJ após ser vítima de racismo em padaria

Na segunda-feira (7), Sarah publicou um vídeo em suas redes sociais no qual afirma ter sido vítima do crime no momento em que abordou o namorado e os sogros numa padaria

Influenciadora Sarah Fonseca foi vítima de racismo em padaria no Rio de Janeiro - Reprodução/Instagram

A influenciadora e empresária Sarah Fonseca, de 28 anos, registrou, nesta terça-feira (8), na Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do Rio de Janeiro, uma denúncia de racismo contra uma padaria do bairro de Ipanema.

Na segunda-feira (7), Sarah publicou um vídeo em suas redes sociais no qual afirma ter sido vítima do crime no momento em que abordou, numa padaria, o namorado e os sogros, que são alemães, e o funcionário do estabelecimento pediu para que ela saísse do local.

"Acabei de sofrer racismo aqui em Ipanema. Meu namorado estava sentado com os pais e eu fui conversar com ele, e ele (o funcionário do estabelecimento) mandou eu sair, porque achou que eu tava pedindo dinheiro ou perturbando eles. Que vergonha!", afirmou.

No vídeo, o funcionário da padaria retrucou a influencer, afirmando que não havia mandado ela sair do local. Na descrição da postagem, Sarah contou outros detalhes do ocorrido. 
 

 
 
 
 
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"Atravessei a rua e fui na direção da mesa deles porque precisava pegar a chave do apartamento com o Valentin porque precisava ir pra casa trabalhar. Assim que cheguei na mesa, mal consegui falar uma frase 'I forgot the key with you' (eu esqueci a chave com você), o funcionário da @baked.padaria apareceu do meu lado super rápido falando pra eu sair como se eu tivesse 'perturbando' eles (?). Eu fiquei em choque, me senti HUMILHADA na frente de todos!", publicou.
 

Nesta terça (8), após prestar queixa do crime, a influencer agradeceu, nas redes sociais, o apoio recebido pelos seguidores e disse que compartilhar esse tipo de situação ajuda a encorajar outras pessoas a denunciarem.

"Precisamos lutar sim. Eu estou muito cansada. Sofro de ansiedade e está sendo um momento tenso pra mim. [...] Volto a aparecer aqui quando me sentir melhor, tudo que precisava ser feito já foi/está sendo feito", declarou.

Por meio de nota, divulgada na página da padaria no Instagram, o estabelecimento envolvido repudia o caso.

"A Equipe Baked ficou ciente nas últimas horas que um episódio de discriminação ocorreu em nossa loja, envolvendo prestador de serviços do bairro e uma de nossas clientes. Acreditamos que essa situação é extremamente grave, e estamos completamente indignados.

Gostaríamos de esclarecer que o segurança em questão não é funcionário contratado da Baked, e sim um prestador de serviços para a rua, e de maneira nenhuma ele nos representa.

Já entramos em contato com a associação de lojistas informando o ocorrido, para que sejam tomadas as medidas necessárias o quanto antes ! Acima de tudo gostaríamos de prestar todo o nosso apoio a Sarah, e já entramos em contato com a mesma para que possamos a auxiliar em quaisquer medidas que sejam necessárias. Temos vídeos, testemunhas e funcionários à disposição para o que ela precisar.

Lamentamos muito que um ato como esse possa ter acontecido, principalmente em nossa loja, e reiteramos que tal postura é totalmente contrária aos valores da empresa. A Baked repudia toda e qualquer discriminação."