Cesta Básica do Recife tem alta de 1,12% em fevereiro; é o segundo menor custo entre capitais

O valor, para comprar os 12 itens da cesta, representa 46,10% do salário mínimo

No mês de fevereiro, a Cesta Básica no Recife variou 1,12% e passou a custar R$ 549,20. O valor, para comprar os 12 itens da cesta, representa 46,10% do salário mínimo (R$ 1.212). A Cesta, na cidade do Recife, tem o segundo menor custo entre as capitais do país, no mês de fevereiro, atrás apenas de Aracaju. As cidades registram preços de R$ 549,20 e R$ 516,82, respectivamente. 

Os dados são apontados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que divulgou nesta quarta-feira (9) a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos Custo e variação da cesta básica, feita em 17 capitais.

De janeiro para fevereiro deste ano, oito dos doze produtos que compõem a cesta, no Recife, tiveram elevação no preço médio: tomate (11,96%), açúcar (3,93%), café (3,35%), a farinha de mandioca (2,38%), o feijão (1,87%), a banana (1,79%), o óleo de soja (0,51%) e a manteiga (0,40%). Apenas três produtos apresentaram redução no preço médio: a carne (-3,84%), o arroz (-2,26%), o leite (-1,57%) e o pão francês (-0,28%). 

Nos últimos 12 meses, a alta de preços da Cesta Básica no Recife é a terceira maior entre as capitais, com variação de 16,92% (acréscimo de R$ 79,49). A capital pernambucana só perde para Campo Grande (alta de 23%) e Natal (alta de 19,98%). 

Na comparação com fevereiro de 2021, os maiores aumentos nos alimentos da Cesta Básica do Recife ocorreram para o tomate (+95,38%), o café (+74,20%), o açúcar (+43,31%), a banana (+17,06%), a farinha de mandioca (+14,92%), a manteiga (+11,69%), o óleo de soja (+8,28%), a carne (+7,49%) e o pão francês (+2,34%). Apresentaram declínio no preço médio o arroz (-10,75%), o feijão (-8,50%) e o leite (-3,49%).

Entenda as altas em produtos:

Café
Segundo o Dieese, a preocupação com a queda do volume produzido na safra atual está causando impactos no preço do café nos mercados futuros, com reflexos também no varejo.

Óleo de Soja
Há um aumento da demanda externa por óleo de soja, devido à redução da produção de óleo de girassol na Ucrânia e de óleo de palma na Indonésia, o que explica os preços elevados no mercado externo e também no varejo.

Batata
As chuvas reduziram a oferta do tubérculo e elevaram os valores no varejo 

Carne Bovina 
Os altos patamares de preço da carne bovina continuam sustentados pela aquecida demanda internacional e pela baixa disponibilidade de animais para abate. Entretanto, o mercado interno permaneceu com vendas enfraquecidas, o que limitou a alta dos preços.

Confira as variações registradas nas capitais: