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'Meu ídolo. Um sonho realizado', diz jovem preso injustamente no Jacarezinho após conhecer Gabigol

Encontro aconteceu na última quarta-feira, na sede do clube; entregador ainda fez fotos com outros atletas do Flamengo e ganhou camisas autografadas

Gabigol ao lado de Yago - Reprodução / Instagram

Após duas vitórias, ser solto e ter todos os inquéritos envolvendo o seu nome arquivados em qualquer investigação da Polícia Civil, o entregador de doces Yago Corrêa de Souza, de 21 anos, morador do Jacarezinho, preso quando voltava da padaria, realizou um sonho: estar com o atacante do Flamengo, seu time de coração, Gabriel Barbosa, o Gabigol.

O encontro aconteceu nesta quarta-feira, na sede do time na Gávea, na Zona Sul, após um amigo do rapaz conseguir a façanha. Além do atacante, Yago também encontrou com o goleiro Diego Alves, com o zagueiro Davi Luiz e vários outros os jogadores do clube rubro-negro.

Após o encontro, Yago ainda ganhou camisas autografadas de todos os jogadores. Um dia após sair da cadeia, o jovem havia revelado ao Globo seu desejo de conhecer o ídolo.

"Gabigol, eu te amo. Quero te conhecer. Me dá um manto sagrado? Vamos fazer um Tik Tok?", pediu o entregador à época.

Nesta sexta, Yago contou que os atletas disseram que era para ele não desistir de seus sonhos.

"Foi muito maneiro. Eu tirei foto com ele, com o Gabigol. Davi Luiz disse que viu a minha história e que não era para eu desistir dos meus sonhos. Eles ainda me convidaram para ver o jogo Flamengo e Bangu, no Maracanã, neste fim de semana", contou o rapaz.

No começo de fevereiro, Yago foi preso depois de ter ido comprar pão na comunidade, ocupada pelo programa Cidade Integrada, para um churrasco. O jovem foi abordado por policiais militares e acusado de ser criminoso. No entanto, ficou provado que ele não tinha envolvimento com o tráfico na favela. Mesmo assim, Yago passou quase quatro dias na cadeia.

Em 28 de fevereiro, a juíza Gisele Guida de Faria, da 38ª Vara Criminal da Capital, também revogou as medidas cautelares impostas ao jovem. Na decisão, a magistrada determinou que qualquer menção ou foto de Yago que conste no sistema da Polícia Civil seja excluída, assim como seja apagada da folha de antecedentes criminais do jovem qualquer anotação. Agora, uma cópia do inquérito policial do caso seja entregue para a Corregedoria da Polícia Civil para que a conduta dos policiais envolvidos no caso seja apurada.