Sanções econômicas

Chefe da diplomacia europeia confirma quarto pacote de sanções contra a Rússia

O líder diplomático da UE qualificou os Bálcãs Ocidentais como "prioridade estratégica" para o bloco europeu

O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, discursa durante um debate sobre a segurança da Europa após a invasão russa da Ucrânia, durante uma sessão plenária no Parlamento Europeu em Estrasburgo, leste da França, em 9 de março de 2022 - Frederick Florin / AFP

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou, nesta segunda-feira (14), a invasão "bárbara" da Ucrânia por parte do presidente russo, Vladimir Putin, e confirmou um quarto pacote de sanções contra o Kremlin.

Borrell disse que Moscou atira não somente contra os militares ucranianos, mas também contra os civis. Lembrou ainda que, na cidade estratégica de Mariupol, no sul da Ucrânia, "mais de 2.400 civis foram mortos" desde o início da invasão.

"A guerra de Putin não diz respeito apenas à Ucrânia, mas também à segurança e à estabilidade do nosso continente europeu. Afeta todos nós", disse Borrell, em uma coletiva de imprensa em Skopje, na República da Macedônia do Norte.

Mais de 2,6 milhões de ucranianos fugiram dos combates, "o maior movimento desde a Segunda Guerra Mundial", acrescentou. 

Borrell também confirmou um quarto pacote de sanções contra o comércio russo, o acesso ao mercado, o pertencimento às instituições financeiras internacionais e a exportação de artigos de luxo, mirando especificamente nos setores siderúrgico, do carvão e da energia. 

"Isto será outro grande golpe para a base econômica e logística, sobre a qual o Kremlin está construindo a invasão e tirando os recursos para financiá-la", afirmou o chefe da diplomacia europeia. 

O líder diplomático da UE qualificou os Bálcãs Ocidentais como "prioridade estratégica" para o bloco europeu. 

"Este é, espero, o momento de despertar para a Europa", completou, após se reunir com o primeiro-ministro da Macedônia do Norte, Dimitar Kovačevski.

"É o momento de dar um novo impulso ao processo de ampliação e de fixar firmemente os Bálcãs Ocidentais na União Europeia", insistiu.