Música

Sonika defende o rock pernambucano em seu primeiro álbum

Quarteto se dedicou a compor o disco homônimo, que chega nas principais plataformas de música, na próxima sexta-feira (18)

Sonika lança seu primeiro disco nas plataformas digitais, na próxima sexta-feira (18) - Léo Stegman

Criado em 2020, durante a pandemia, o Sonika - quarteto original da Região Metropolitana de Recife - se dedicou a compor o seu álbum homônimo, que chega nas principais plataformas de música, na próxima sexta-feira (18). O álbum, que traz participações de Thiago Guerra (Fresno), Leo D e Luizinho Nascimento, conta com diferentes vertentes do rock mesclado com sonoridades típicas de Pernambuco.

 

O disco de estreia conta com oito faixas autorais que adentram o universo do rock, mas que dialogam com diversos outros gêneros musicais da tradicional cultura popular pernambucana. Essa mistura fica evidente em faixas como "Contradição", um frevo de rua, que foi lançado como single, como também um baião na faixa Em Campo Aberto, além da temática da vida litorânea da canção "Marimbondo de Fogo".

Produzido por Leo D, o álbum revive a cena dos clássicos nos anos 90 em Recife e conta com as participações de Thiago Guerra (Fresno), na faixa, “18\64, Léo D nas faixas “Q.I”, "Em campo Aberto”, "18\64” e “Contradição e, por fim, Luizinho Nascimento nos metais em “Contradição”.

"Sonika é um disco de Rock, mas de uma banda do Recife, trazendo invariavelmente os elementos da cultura local, seja através de seus ritmos ou de seu cotidiano", explicou Rafael Giordani, compositor e vocalista do grupo.

O álbum conta ainda com a direção de arte visual edificada sobre a obra do artista plástico pernambucano Márcio Almeida, que assina todas as capas dos singles além do disco em si. “A construção toda da arte do disco parte da obra “Eremitério Tropical” edificado na Usina de Arte Santa Terezinha e, a partir dela, as demais peças conversam profundamente com as músicas e com o Eremitério em si”, conta Rafael.

“Apesar de produzidas em momentos diferentes, as obras tanto musicais como visuais apresentam uma ligação conceitual muito forte. Por isso aceitei o convite de Rafael de fazer a direção de arte tanto da capa como das demais peças do disco da Sonika”, explica Márcio.

 

 

 

Sobre Sonika

Sonika conta com Rafael Giordani na guitarra e vocais, Diogo Velho-Barreto na guitarra e voz, Arthur Carioca na bateria e Victor Santos no baixo. Já a produção musical e finalização do disco fica por conta de Leo D, que imprimiu neste trabalho sua vasta experiência de outros projetos como Mundo Livre S/A, Mombojo e Johnny

Hooker.

 

Os integrantes do grupo desenvolveram suas aptidões ao longo da vida musical, passando por diversas bandas, como Astronautas, que rendeu turnês por todo o país, Mendigos da Corte, Fullbend, Amsterdam, além de bandas de cover, mas sempre carregando o peso do rock nas veias.

 

Agora, o quarteto se prepara para retornar aos palcos com um projeto autoral, que revive a cena dos clássicos anos 90 em Recife, mas que traz bastante influências entre a música popular brasileira como Lenine, Chico César, Luiz Bandeira, Capiba, Antonio Maria, Alceu Valença e Tagore, também exploram bem a essência do rock como Sepultura, Angra, Pink Floyd, Tool, Foo Fighters, entre outros.

 

Faixa a Faixa:

 

NEM EU NEM VOCÊ - É uma música transdisciplinar. Fala metalinguisticamente sobre a descoberta da incerteza como objeto constante na vida. Passa também pela importância do desprendimento de alguns desejos para que as percepções aconteçam livres de vícios, permitindo ao sujeito “acertar as contas” com seu próprio universo.

 

CONTRADIÇÃO - É um frevo que conta a história da grande contradição do carnaval. Discorre bastante sobre a diferença entre o interior e a superfície daquele monte de corpos que sobe e desce ladeiras enfileirados em realidades distintas e que, ao final, tudo pode acontecer.

 

EM CAMPO ABERTO - É o “baião Soniko” que saiu como quis para falar de e para nossos filhos. Uma faixa que traz algumas realidades inexoráveis e difíceis de aceitar, mas que trazem a doçura do tempo finito e do prazer de viver esse tempo nas suas diversas velocidades.

 

18\64 (Dezoito meia-quatro) - Música que fala sobre a conexão sombria entre 1964 e 2018. Conversa com “boatos” de outrora fazendo-os dialogar com as verdades de hoje, exibindo o destino de qualquer povo que esquece seu passado.

 

MARIMBONDO DE FOGO - Essa música é bastante, pois ela sequer existia no início da produção do disco. Surgiu da necessidade de contar a história de uma família insistente de Marimbondos que gosta de morar no quintal de Rafa, porém pela perspectiva deles.

 

SILENCIOSA - É uma música de amor. Do amor em si e suas complicações. Das interferências da comunicação e/ou falta dela e da admissão de não conseguir transpassar alguns obstáculos.

 

SANGUE SECO - O sangue seco é o dia. Qualquer dia, de qualquer semana em qualquer lugar ou de lugar nenhum. É o movimento que leva e tira do caos, que põe pânico e que conforta na rotina e que finalmente termina num hard-core individual.

 

Q.I - É uma carta a ser lida naqueles momentos de ego-trip, de autossuficiência, onde esquecemos as falências pessoais e nos largamos a fazer as “adoráveis” análises profundas como uma poça de chuva sobre tudo e todos.

 

 

Ficha Técnica:

SONIKA

Arthur Carioca - bateria

Diogo Velho-Barreto – guitarra e voz

Rafael Giordani – vocal e guitarra

Victor Santos - baixo

Participações Especiais

Thiago Guerra – percussão e vocais em “18\64”

Léo D – guitarra em “Q.I”, triângulo em “Em campo Aberto”, pandeirola em 18\64” e teclados em

“Contradição

Luizinho Nascimento – Trompete em “Contradição”

Produção musical

Léo D - produtor, engenheiro de gravação, mixagem e masterização

Marco Melo - engenheiro de gravação

Vitor Farias - engenheiro de gravação e assistente de estúdio

Gravado e Estúdio Carranca, Recife-PE

Mixado e Masterizado por Léo D.

Produção gráfica

Márcio Almeida e Rafael Giordani – conceito visual

Márcio Almeida – fotos, direção de arte

Gabriel Baltar - arte final. 

@sonikabandoficial