Fertilizantes

Portos adotam esquema especial para fertilizantes, diz ministro

Navios não precisam enfrentar filas para descarregar

Governo federal montou um esquema especial nos portos do país para receber fertilizantes - Ricardo Botelho/Minfra

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse nesta terça-feira (15) que o governo federal montou um esquema especial nos portos do país para receber fertilizantes. Os navios que chegarem ao Brasil com a mercadoria não precisão enfrentar filas para descarregar. O produto utilizado pelo setor do agronegócio é, em sua maioria, importado da Rússia – país em guerra contra a Ucrânia

“Já montamos um esquema nos portos que vão receber fertilizantes, para que essa descarga seja feita da forma mais rápida possível. Temos um trabalho coordenado do Ministério da Agricultura com Ministério da Infraestrutura para que a gente não tenha navio de fertilizante parado em fila”, destacou. “Não vamos deixar faltar insumo para o nosso produtor”, acrescentou o ministro, após participar de uma feira do setor ferroviário, na capital paulista. 


Os fertilizantes, especialmente nitrogênio, fósforo e potássio, são largamente usados pelo setor do agronegócio brasileiro, considerados essenciais para fornecimento de um ou mais nutrientes para as plantações. Do total utilizado pelo Brasil, 85% são importados, principalmente da Rússia. 

Combustíveis
O ministro disse ainda que o governo está estudando várias possibilidades de combater a alta dos combustíveis no país, principalmente os derivados do petróleo. De acordo com Freitas, entre as alternativas estão ações tributárias, como mudanças no ICMS, e cambiais.

“Uma medida que já tinha sido pensada lá atrás, que poderia amenizar a questão do preço é a questão tributária. E já foi aprovada um PLP [projeto de lei complementar] que mexe na incidência de tributos, muda a lógica do ICMS”, disse. 

Freitas disse que outra forma de atuar no preço combustível é manter o câmbio estabilizado e fazer com que “o câmbio ceda”. “Você está tendo muito fluxo de recursos para o Brasil, então se você mantém aí uma autoridade fiscal, você vai ver o câmbio cedendo, e isso vai interferir no preço de combustível”, disse.