IÊMEN

ONU pede US$ 4,3 bilhões para Iêmen

O país mais pobre da Península Arábica está em guerra desde 2014

Recebimento de alimentos no Iêmen - Khaled Ziad/AFP

A ONU pediu, nesta quarta-feira (16), US$ 4,3 bilhões para ajudar 17 milhões de pessoas este ano no Iêmen, o país mais pobre da Península Arábica, em guerra desde 2014. 

Após mais de sete anos de guerra entre os rebeldes huthis e o governo apoiado pela Arábia Saudita, mais de 23 milhões de pessoas passam fome e enfrentam doenças e outros perigos que ameaçam sua vida. Isso representa um aumento de 13% em relação a 2021, segundo as Nações Unidas.

Seu secretário-geral adjunto para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, pediu aos doadores que desbloqueiem "quase US$ 4,3 bilhões" para ajudar 17,2 milhões de pessoas. 

Segundo a ONU, em torno de 161 mil iemenitas se verão em situação de "insegurança alimentar catastrófica, uma prévia do que pode acontecer com outros 7,1 milhões de pessoas que estão a apenas um passo deste último estágio de uma crise humanitária".

Quase três quartos da população precisarão de assistência humanitária em 2022, disse Griffiths em entrevista coletiva, observando que a situação no Iêmen "está entre as piores do mundo". 

Os serviços básicos e a economia do Iêmen estão entrando em colapso e, para agravar este quadro, o conflito na Ucrânia encareceu as matérias-primas no mundo, incluindo o trigo. Segundo Griffiths, um terço do trigo usado no Iêmen é procedente de Rússia e Ucrânia. 

Sem injeções rápidas de liquidez para as organizações humanitárias, quase 4 milhões de pessoas não terão água potável para beber.