JULGAMENTO DA COLISÃO NA TAMARINEIRA

Com voz embargada, réu João Victor Leal diz à juíza que responderá às perguntas, exceto as do MP

Terceiro dia de julgamento começa com depoimento do réu

João Victor Leal dá depoimento no terceiro dia de julgamento da colisão da Tamarineira - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

O julgamento de João Victor Ribeiro de Oliveira Leal chega ao terceiro dia nesta quinta-feira (17), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, na área central do Recife. Por volta das 9h30 teve início o depoimento do réu. 

 João Victor é réu por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio na colisão ocorrida no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, em novembro de 2017.  

Emocionado e com voz embargada, João Victor começou a responder os questionamentos da juíza Fernanda Moura. Ele afirmou que pretende responder a todas as perguntas, exceto as realizadas pelo Ministério Público.



Após o oitiva de João Victor, o julgamento entrará na fase de debates entre a defesa e a acusação, prevista para durar cinco horas. Só após essa estapa, o júri, formado por sete pesssoas, irá definir o veredicto, decidindo se o réu é culpado ou inocente dos crimes aos quais é acusado.

Relembre o caso:
Em 26 de novembro de 2017, o então universitário João Victor Ribeiro, que tinha 25 anos na época, conduzia, alcoolizado, um Ford Fusion em alta velocidade e avançou o sinal vermelho no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro da Tamarineira, atingindo um Toyota RAV4, onde estavam cinco pessoas.

A batida provocou a morte da funcionária pública Maria Emília Guimarães, de 39 anos; do filho dela, Miguel Neto, de 3 anos; e da babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida.

O marido de Maria Emília, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, que estava ao volante do Toyota, e a filha Marcela Guimarães, na época com 5 anos, ficaram gravemente feridos, mas sobreviveram.