JULGAMENTO DA COLISÃO NA TAMARINEIRA

"Quanto mais detalhes melhor", diz advogado de João Victor sobre defesa do réu

O acusado é réu por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio na colisão ocorrida no bairro da Tamarineira, em novembro de 2017

Advogado Bruno Aguiar, que atua na defesa de João Victor Ribeiro de Oliveira Leal - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

"Quanto mais detalhes melhor. Os detalhes favorecem a defesa." Essa é a orientação do advogado Bruno Aguiar, que atua na defesa de João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 29 anos, réu por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio na colisão ocorrida no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, em novembro de 2017.

O acusado presta depoimento desde às 9h30 desta quinta-feira (17), no terceiro dia de julgamento, que acontece no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, na área central do Recife.

João Victor está sendo questionado pela juíza Fernanda Moura e já afirmou que pretende responder a todas as perguntas, exceto as realizadas pelo Ministério Público de Pernambuco, que atua na acusação.

"Ele deve ficar à vontade para responder o que for verdade. Tudo o que ele lembrar e se sentir à vontade, ele pode responder, não tem problema", afirmou o advogado de defesa Bruno Aguiar.

Após o depoimento de João Victor, o julgamento entrará na fase de debates entre a defesa e a acusação, prevista para durar cinco horas. Só após essa estapa, o júri, formado por sete pesssoas, irá definir o veredicto, decidindo se o réu é culpado ou inocente dos crimes aos quais é acusado.
 



Relembre o caso:

Em 26 de novembro de 2017, o então universitário João Victor Ribeiro, que tinha 25 anos na época, conduzia, alcoolizado, um Ford Fusion em alta velocidade e avançou o sinal vermelho no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro da Tamarineira, atingindo um Toyota RAV4, onde estavam cinco pessoas.

A batida provocou a morte da funcionária pública Maria Emília Guimarães, de 39 anos; do filho dela, Miguel Neto, de 3 anos; e da babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida.

O marido de Maria Emília, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, que estava ao volante do Toyota, e a filha Marcela Guimarães, na época com 5 anos, ficaram gravemente feridos, mas sobreviveram.