Morte de Emiliano Sala: jogador foi intoxicado antes de avião cair, conclui inquérito
Atacante argentino estava 'profundamente inconsciente' ao inalar monóxido de carbono de sistema defeituoso da aeronave
O atacante argentino Emiliano Sala, que morreu após queda de avião em 2019, "estava profundamente inconsciente" ao ser exposto a altos níveis de monóxido de carbono antes do acidente, concluiu o inquérito divulgado nesta quinta-feira. Um defeito no sistema de exaustão da aeronave, que realizava um voo comercial não licenciado, teria provocado sua intoxicação.
O jogador, segundo o inquérito morreu de ferimentos na cabeça e no peito. Ele viajava da França para o País de Gales para finalizar sua transferência do Nantes para o Cardiff City por cerca de 20 milhões de euros, quando o avião caiu no Canal da Mancha. O acidente matou também o piloto David Ibbotson, 59, cujo corpo nunca foi foi encontrado.
O júri da Câmara Municipal de Bournemouth considerou que Sala era passageiro de um avião particular, conduzido por um piloto que não tinha a licença correta para voar à noite.
De acordo com o patologista Basil Purdue, Sala havia superado uma "intoxicação grave" e estava "estava profundamente inconsciente" antes da queda do avião. Especialistas apontaram que a causa mais provável para o acúmulo de monóxido de carbono dentro da cabine foi um problema no sistema de exaustão.
O empresário David Henderson, que organizouo voo, foi condenado a 18 meses de prisão por colocar em risco a segurança dos passageiros e usar serviços do piloto mesmo ciente de que ele não tinha as licenças necessárias.
O corpo de Sala foi repatriado para a Argentina em fevereiro de 2019. Ele foi sepultado na pequena cidade de Progreso. O jogador namorava uma atleta de vôlei brasileira, Luiza Ungerer, na época.