Caso Tamarineira

Julgamento de João Victor Ribeiro entra na reta final; acusação faz a réplica

Segundo a promotora Eliane Gaia, a decisão do júri será um divisor de águas na jurisprudência brasileira

Eliane Gaia, promotora do Ministério Público de Pernambuco - Ed Machado/Folha de Pernambuco

Na fase derradeira da etapa de debates do julgamento de João Victor Ribeiro teve continuidade na noite desta quinta-feira (17), no Recife. Após um resgate dos argumentos da acusação, feitas pelo advogado Ademar Rigueira, que representa a família de Miguel Arruda, a promotora Eliane Gaia, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), enfatizou que a decisão do júri será um divisor de águas na jurisprudência brasileira.

"Vai ser um antes e depois. E essa decisão vai repercutir no Brasil inteiro. O dolo eventual não está na cabeça do réu, que vai dizer que não tinha intenção de matar. O dolo eventual está na cabeça do júri, que vai decidir se absolve esse réu e abre precedentes para todos que agirem da mesma forma", defendeu a promotora, que suplicou pela condenação do réu.

No pedido de condenação,  a acusação enfatizou que a justiça é uma resposta a sociedade.

Relembre o caso:
Em 26 de novembro de 2017, o então universitário João Victor Ribeiro, que tinha 25 anos na época, conduzia, alcoolizado, um Ford Fusion em alta velocidade e avançou o sinal vermelho no cruzamento da Rua Cônego Barata com a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, no bairro da Tamarineira, atingindo um Toyota RAV4, onde estavam cinco pessoas.

A batida provocou a morte da funcionária pública Maria Emília Guimarães, de 39 anos; do filho dela, Miguel Neto, de 3 anos; e da babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23 anos, que estava grávida.

O marido de Maria Emília, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, que estava ao volante do Toyota, e a filha Marcela Guimarães, na época com 5 anos, ficaram gravemente feridos, mas sobreviveram.