Alta do diesel, guerra na Ucrânia e covid na China fazem frete disparar mais de 100%
Transportes rodoviário, marítimo e internacional viram seus custos aumentarem
O preço do frete no Brasil, que já vinha sob pressão desde o ano passado, vive uma "tempestade perfeita" neste início de 2022.
O reajuste de quase 25% no diesel aprovado este mês pela Petrobras, a guerra na Ucrânia e o aumento de casos de Covid na China fizeram disparar os custos do transporte de cargas por caminhões, navios na costa brasileira (cabotagem) e também de produtos importados.
O impacto mais imediato é sentido nas cargas rodoviárias, cujo custo de transporte pode subir até 39%, afirmam empresas de logística. Na cabotagem, o preço do óleo combustível de navegação (bunker) subiu 50% este ano.
No frete internacional o impacto é ainda maior. Além da alta do petróleo, pesam para as importações e exportações de longa distância um gargalo em portos de todo mundo. A guerra na Ucrânia e os lockdowns impostos na China para conter surtos de Covid provocaram congestionamentos em várias rotas.