RECIFE

Bióloga se passa por autista em shopping para não usar máscara e causa polêmica nas redes sociais

Vídeo foi divulgado nesta quinta-feira (24); caso está sendo investigado pela Polícia Civil

A bióloga Nathasha Borges, em vídeo onde relata ter fingido ser autista para ficar sem máscara em shopping no Recife - Reprodução/Instagram

A bióloga Nathasha Borges está no centro de uma polêmica nas redes sociais, após ela relatar, em vídeos divulgados nesta quinta-feira (24), que fingiu ser autista para não usar máscara dentro de um shopping no Recife. Após repercussão, a Polícia Civil anunciou que investigará o caso. 

No vídeo, Nathasha relata ter ido a uma reunião no Shopping RioMar, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, e que lá teria ficado “o tempo inteiro” sem máscara. Em outro trecho, relatou ter enganado funcionários do shopping e de estabelecimentos, alegando ser autista e que não poderia usar a máscara, quando chamada a atenção por não estar usando o equipamento de proteção contra a Covid-19.

“Aquele segurança do carrinho fez: 'Moça, dá para botar a máscara?', aí eu disse, vê a cara, vê a cara: Não, porque eu sou autista”, relatou. 

Ao final do vídeo, Nathasha reforçou que não usou a máscara em momento algum em que esteve dentro do Shopping. 

“Pronto, tá todo mundo doido, então a gente se faz de doido e tá tudo certo. A solução de um doido é outro doido na porta. Não usei a máscara para nada”, disse. 

 

De acordo com a Lei Estadual nº 17.141, de janeiro de 2021, pessoas com autismo são isentas do uso de máscara em Pernambuco, por conta de deficiências sensoriais que inviabilizam a utilização do equipamento. 

Até o momento da publicação desta matéria, o vídeo de Nathasha havia ultrapassado as 331 mil visualizações, mais de 3.200 curtidas e cerca de 4000 comentários. 

Em nota, o Shopping RioMar afirmou que “repudia quem usa de uma causa justa e coletiva para obter vantagens individuais” e detalhou a conduta do segurança citado no vídeo de Nathasha. 

“O RioMar Recife repudia quem usa de uma causa justa e coletiva para obter vantagens individuais. Quanto ao caso em questão, após afirmar que era autista, o nosso segurança partiu do pressuposto da boa-fé solicitando a presença de um acompanhante, com uma abordagem educativa, uma vez que não temos poder de polícia. Por fim, o uso obrigatório de máscara atende ao protocolo de vigilância sanitária do Governo do Estado de Pernambuco, conforme determina a lei estadual 16.918 de 18 de junho de 2020”, diz a nota divulgada pelo RioMar.