Música

Lula Queiroga retorna aos palcos com "Ao Vivo no Parque", este sábado (26)

Cantor e compositor pernambucano faz show neste sábado (26) no Teatro do Parque, seu palco de estreia na década de 1970

Lula Queiroga, cantor e compositor - Chico Barros

Tem sido tomado por simbolismos o retorno da vida cultural em tempos (ainda) pandêmicos, embora mais amenos do que outrora, quando entre as milhões de vidas arrebatadas, foram embora também os palcos.

Aos poucos espaços vêm sendo novamente ocupados e nomes de peso da Música Popular Brasileira regressam aos seus devidos lugares, tal qual fará o artista pernambucano Lula Queiroga e no Teatro do Parque, neste sábado (26), com o show “Ao Vivo no Parque”, às 20h.

Um (re)encontro que vai novamente reunir ele à plateia e ao seu ambiente de estreia, já que foi lá que pisou pela primeira vez no final da década de 1970, para apresentar-se ao público.

Dessa vez, ao lado de Guilherme Assis (guitarra e teclado), Lucki Queiroga (baixo e voz), Guilherme Queiroga, o QRG (efeitos e voz), Max Matias (bateria) e Yuri Queiroga, que assume a guitarra, o violão e a direção musical do show, o cantor, compositor, letrista e outras tantas facetas que assume artisticamente, retorna com repertório, segundo ele, costurado de forma “subjetiva e pessoal”.



“É um repertório de músicas que se comunicam entre si, como que guiadas por um cordão invisível”, conta Lula, que levará para o set list da noite uma compilação que reúne canções dos seus cinco discos: “Aboiando a Vaca Mecânica” (2001), “Azul Invisível e Vermelho Cruel” (2003), “Tem Juízo Mas Não Usa” (2009), “Todo Dia é o Fim do Mundo” (2011) e “Aumento o Sonho” (2017) – este, o derradeiro e independente, pensado dentro de um processo criativo mais contido e, ao mesmo tempo, tomado por inquietudes que sempre lhe foram peculiares, desde “Baque Solto” (1983), ao lado de Lenine.

A partir de então, com imersões Brasil afora em trabalhos assinados (e cedidos), permeados por sonoridades diversas, a nomes da música nacional, entre eles Arnaldo Antunes, Elba Ramalho, Milton Nascimento, Zizi Possi, Zélia Duncan e Ney Matogrosso – para este, no álbum “Nu Com a Minha Música” (2021), a faixa pernambucana  “Se Não For Amor Eu Cegue”, de autoria dele e de Lenine, foi agraciada pela voz do artista mato-grossense, e será umas das reproduzidas no show de amanhã.



“Eu no Futuro” e “Noite Severina” também integram a programação da noite, que vai marcar o retorno de um multiartista premiado para além dos palcos, com produções em trilhas sonoras de filmes que incluem “Caramuru - A Invenção do Brasil” (2001) e como vencedor em 2008 com Melhor Álbum de Música Contemporânea Regional pela produção do disco “Qual o Assunto que Mais lhe Interessa”, da paraibana Elba Ramalho.
 

Crédito: Chico Barros


Ainda sobre a versatilidade artística que lhe é inerente, em breve Lula Queiroga vai aportar nas telas do cinema com o primeiro longa “O Hipnotista”, cujo roteiro tem assinatura de Hilton Lacerda e Lírio Ferreira.

Os ingressos para “Ao Vivo no Parque” – realizado sob o fomento da Aldir Blanc, via edital Joel Datz - podem se adquiridos no site Sympla, com valores a partir de R$ 25 (meia entrada). Para acesso ao espaço, é necessário apresentar a carteira de vacinação ou passaporte de vacina contra a Covid-19 e no local haverá alcool para higienização das mãos.

Serviço
Lula Queiroga com “Ao Vivo no Parque”

Sábado (26), às 20h, no Teatro do Parque
Rua do Hospício, 81, Boa vista
Ingressos a partir de 25 (meia entrada) no Sympla