Ucrânia luta para recuperar Kherson, cujo controle está 'em disputa'
Kherson é o único grande centro urbano conquistado completamente pelas forças russas
As forças ucranianas lançaram um contra-ataque na cidade de Kherson, no sul do país, o único grande centro urbano conquistado completamente pelas forças russas, que agora está em “disputa”, disse nesta sexta-feira (25) um alto funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
“Os ucranianos estão tentando tomar o controle de Kherson”, afirmou a jornalistas o funcionário do Pentágono, que pediu anonimato. “Não podemos dizer exatamente quem tem o controle de Kherson, mas o fato é que não está mais tão fortemente sob controle russo como estava antes”, declarou.
Tomada em 3 de março pelas tropas russas, esta estratégica cidade situada na foz do rio Dnieper, onde manifestações foram reprimidas com violência, “volta a ser um território em disputa”, acrescentou o membro do Petágono.
Se os ucranianos conseguirem recuperar o controle da cidade, as forças russas ao redor de Mikolaiv se viriam “imprensadas” entre as forças ucranianas que defendem as duas cidades, observou.
Neste caso, para os russos seria “muito difícil avançar em campo até (o porto de) Odessa”, explicou. “Seria um avanço importante” das tropas de Kiev na frente sul.
Também foram registrados combates entre o exército russo e a resistência ucraniana nas cidades de Bucha e Irpin, nos arredores de Kiev (a noroeste da capital), segundo informações do Pentágono.
Apesar do avanço russo sobre o terreno parecer se estagnar, a força aérea invasora está aumentando os bombardeios, especialmente na região de Kiev, em Chernihiv e ao redor das regiões separatistas de Donbass, apontou o funcionário.
Os bombardeios também estão cada vez mais destrutivos à medida que as reservas de mísseis de precisão do exército russo diminuem, de acordo com o Pentágono, que estima, no entanto, que as forças russas ainda têm metade dessas reservas.
A Rússia está ainda mobilizando tropas a partir de territórios separatistas da Geórgia para enviá-las à Ucrânia, disse o funcionário americano.