Foo Fighters

Maconha, antidepressivo e dor no peito: o que cerca a morte do baterista Taylor Hawkins

Exame toxicológico revelou presença de 10 substâncias no organismo do músico

Taylor Hawkins - Javier Torres/AFP

Após o baterista da banda Foo Fighters, Taylor Hawkins, ser encontrado morto em um quarto de hotel em Bogotá, na sexta-feira (25), autoridades colombianas revelaram indícios de droga no local e comunicaram que o músico relatou dor no peito. Já na noite do sábado (26), um exame toxicológico apontou a presença de 10 substâncias no organismo do artista, entre elas maconha, antidepressivos tricíclicos, benzodiazepínicos e opioides, informou a Procuradoria-Geral da República da Colômbia.

A causa da morte, no entanto, ainda não foi confirmada e depende da perícia técnica. Hawkins, de 50 anos, estava com o restante do grupo de rock na Colômbia para se apresentar no festival Estéreo Picnic.

A polícia colombiana investiga a possibilidade de a morte do baterista de Hawkins estar associada ao uso de drogas, segundo o jornal local El Tiempo. As autoridades trabalham com a hipótese de que a causa seja overdose, já que não há sinais de violência.

Um relatório preliminar havia indicado que as autoridades encontraram em seu quarto uma substância branca similar à cocaína. O documento sugeria que a causa da morte poderia estar relacionada ao consumo de entorpecentes.

"Tendo em conta que não se observam sinais de violência, propõe-se uma overdose preliminar como hipótese de morte; aguardando parecer técnico científico", diz trecho do relatório, conforme publicou a revista Semana.

De acordo com as autoridades colombianas, Hawkins se queixou de dores no peito antes de morrer. Uma ambulância foi enviada ao hotel onde o músico estava hospedado, mas o baterista já estava sem vida. Uma profissional de saúde tentou reanimá-lo sem sucesso.

Investigadores já estiveram no hotel Casa Medina para coletar provas e depoimentos de colegas e funcionários que tiveram contato com o músico nas horas que antecederam sua morte. Gravações de câmeras de segurança também foram recolhidas.



Em 2001, Taylor sofreu uma overdose que o deixou em coma por duas semanas no hospital. Em depoimento ao documentário "Foo Fighters - Back & Forth", ele admitiu que tinha um problema com álccol e drogas. "Eu achava que para ser um roqueiro você tinha que ser o Keith Richards", disse.

Em outra entrevista, de 2018, ele relembrou o episódio, mas disse que não era exatamente um "viciado"."Eu ia em muitas festas. Não era um viciado em si, mas eu estava festejando. Houve um ano em que as festas ficaram um pouco pesadas demais. Graças a Deus, em algum momento esse cara me deu o bagulho errado na dose errada uma noite, e eu acordei pensando: 'O que diabos aconteceu?' Isso foi um verdadeiro ponto de mudança para mim".

Segundo comunicado do festival colombiano Estéreo Picnic, onde a banda se apresentaria na sexta-feira, o Foo Fighters cancelou o resto da turnê sul-americana, incluindo o show no Lollapalooza Brasil.O show do Foo Fighters encerraria o Lollapalooza, em São Paulo, na noite de domingo.

"A família Foo Fighters está devastada pela trágica e prematura perda de nosso amado Taylor Hawkins", escreveram os outros integrantes da banda no Twitter.