Ucrânia quer "acordo internacional" que garanta sua segurança
O negociador disse que seu país quer um "mecanismo internacional de garantias onde os países fiadores atuem de forma análoga ao capítulo 5º da Otan"
A Ucrânia pede um "acordo internacional" para garantir sua segurança, tendo vários países como fiadores - declarou o negociador ucraniano, David Arakhamia, após várias horas de discussões com os russos, nesta terça-feira (29), em Istambul.
"Insistimos em um acordo internacional que seja assinado por todos os fiadores de segurança", afirmou Arakhamia.
O negociador disse que seu país quer um "mecanismo internacional de garantias onde os países fiadores atuem de forma análoga ao capítulo 5º da Otan".
O artigo 5º do tratado da Aliança Atlântica estabelece que um ataque contra um de seus membros é considerado uma agressão a todos os demais.
Segundo Arakhamia, a lista de países que a Ucrânia deseja ter como fiadores inclui Estados Unidos, China, França e Reino Unido - membros do Conselho de Segurança da ONU -, mas também Turquia, Alemanha, Polônia e Israel.
"A Ucrânia aceitará um 'status' neutro, se o sistema de garantia de segurança funcionar", acrescentou.
Para que essas garantias entrem em vigor o mais rápido possível, a Crimeia e os territórios de Donbass controlados por separatistas pró-Rússia seriam "excluídos temporariamente" do acordo, acrescentou o negociador.
Ele também considerou que, após as discussões desta terça-feira em Istambul, as condições são "suficientes" para um encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.