Alain Delon

Alain Delon escreve texto em tom de despedida em postagem no Instagram

O ator, que viveu o auge da sua carreira nas décadas de 60 e 70, pretende realizar um suicídio assistido

Alain Delon - Reprodução / Instagram

Um dos grandes atores da história do cinema, o francês Alain Delon escreveu um texto em postagem no Instagram que pareceu ter um tom de despedida. O texto vem depois de seu filho ter revelado a intenção do pai de realizar eutanásia.

“Gostaria de agradecer a todos que me acompanharam ao longo dos anos e me deram grande apoio, espero que futuros atores possam encontrar em mim um exemplo não só no local de trabalho, mas na vida de todos os dias, entre vitórias e derrotas. Obrigado, Alain Delon”, escreveu o ator francês.

Em outra postagem, no dia 19 de março, Alain Delon justificou sua decisão e explicou que na Suíça, país onde vive, a prática é legal. “Tomei minha decisão há muito tempo, acho que minha vida tem sido linda, mas também muito difícil” disse ele. “Nunca gostei de envelhecer, todas essas dores e dificuldades que tenho que enfrentar diariamente me deixam imóvel diante de tudo”, concluiu.

Esta não foi a primeira vez que ele expressou sua insatisfação com a velhice. "Envelhecer é uma merda! Você não pode fazer nada sobre isso. Você perde o rosto, perde a visão. Você levanta e, caramba, seu tornozelo dói”, reclamou o ator, um pouco antes da sua hospitalização há três anos.

Delon viveu o auge da sua carreira nas décadas de 60 e 70, quando também era considerado um símbolo sexual. Protagonizou filmes como “O Sol por Testemunha” (1960) e “A Marca do Zorro” (1975).

Alain Delon em "A Marca do Zorro" de 1975. Foto: Reprodução.

O ator, que hoje tem 86 anos, sofreu um duplo acidente vascular cerebral (AVC) em 2019. E segundo o site Le Point, seu filho, Anthony Delon, prometeu ao pai que iria acompanhá-lo no procedimento. A mãe de Anthony, a atriz Nathalie Delon também quis tirar sua própria vida enquanto sofria com um câncer no pâncreas, que não chegou a ser realizado, pois a ex-mulher do artista faleceu em janeiro do ano passado.

No suicídio assistido, diferente da eutanásia, o paciente, de forma intencional, tira a própria vida com a ajuda de medicamentos letais.