Coronavírus

Ministério da Saúde permite que turistas antecipem segunda dose para viajarem ao exterior

Crianças, adolescentes e adultos poderão tomar dose adicional caso país de destino não aceite vacinas já recebidas

Vacina contra a covid-19 - Marconi Meireles/Folha de Pernambuco

O Ministério da Saúde autorizou a antecipação da segunda dose de vacina contra a Covid-19 para pessoas que viajem para fora do Brasil. Com a medida, valem os intervalos mínimos previstos nas bulas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): 21 dias para Pfizer e 28 para AstraZeneca. A orientação consta em nota técnica da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid) publicada nesta quarta-feira (30).

Quem tiver completado o ciclo de imunização com vacinas que não sejam aceitas no país de destino da viagem poderá receber uma dose adicional com intervalo de quatro semanas. A recomendação vale tanto para crianças e adolescentes, que deverão tomar Pfizer nesse caso, quanto para adultos.

Atualmente, o esquema de vacinação determina que as doses de Pfizer e de AstraZeneca têm intervalo de oito semanas (ou dois meses). Para o reforço, são contados mais 16 semanas (ou quatro meses).

“O Ministério da Saúde observou o surgimento de demandas específicas de brasileiros que necessitam viajar para outros países, que são relacionadas ao tipo de imunizante recebido no Brasil e o exigido pelos órgãos regulatórios regionais dos países de destino. Ou seja, mesmo completamente vacinados no Brasil, algumas pessoas poderão enfrentar limitações de acesso ao país de destino ou ser submetidos ao cumprimento de regras de quarentena, o que poderia culminar em atrasos e eventuais suspensões de viagens”, justifica o documento.

A nota técnica é assinada pela chefe da Secovid, Rosana Leite de Melo, e pelo diretor de Programa da secretaria, Danilo de Souza Vasconcelos.