Eleições

Doria renuncia ao governo de SP para disputar a Presidência

Vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB), será candidato da sigla ao governo paulista

João Doria - Rovena Rosa/Agência Brasil

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quinta-feira (31) que vai renunciar ao cargo para disputar a Presidência da República.

Em discurso para mais de 600 prefeitos, Doria disse ser a hora de enfrentar as adversidades "coletivamente, e não individualmente", e acenou para os demais candidatos da chamada "terceira via".  

"É hora de virar uma frente ampla e um time poderoso pelo Brasil e pelos brasileiros. Construir, sim, a melhor via para o nosso país. E a melhor via é a via da união, da serenidade, do bom senso, da compreensão e da liberdade", afirmou o governador. 

"Quero estar ao lado de vocês, a partir do próximo dia 2, para mostrar que é possível, sim, ter uma nova alternativa para o Brasil. Alternativa de paz, de trabalho, de dedicação, de humildade e de integração de todo o Brasil. E fazer isso com determinação, longe da ideologia, distante do populismo e absolutamente condenando a corrupção", disse.

Doria ainda elogiou seu vice, Rodrigo Garcia (PSDB), que é pré-candidato ao governo de São Paulo.

"Rodrigo foi nosso CEO, como dizem os americanos. Ao longo desses três anos e três meses, São Paulo teve o privilégio de ser governado por dois governadores", declarou Doria, durante solenidade no Palácio dos Bandeirantes.

Mais cedo, a informação de que Doria teria desistido da candidatura à presidência para permanecer no governo paulista sacudiu o mundo político brasileiro.

A decisão de Doria de manter o projeto de disputar a presidência ocorre após o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, ter divulgado uma carta em que reafirma o apoio da legenda à sua candidatura à Presidência. 

Doria venceu as prévias realizadas pelo PSDB, em novembro, após derrotar o governador gaúcho Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.

Desde então, seu nome não decolou nas pesquisas de intenção de voto: teve 2% no último Datafolha. Com isso, cresceram as pressões para que ele abandonasse a disputa em favor de Leite ou de outro nome de um partido da chamada "terceira via".