Vitamina D ajuda o corpo na prevenção de doenças

Carência do nutriente pode afetar sistema imunológico e provocar doenças como osteoporose e hipertensão

Apesar de a vitamina D ser conhecida como indispensável para fortalecer o sistema imunológico e manter a boa saúde dos ossos, no Brasil, grande parte da população do País sofre com alguma condição que afeta essa estrutura - por conta da carência do nutriente.

Uma das mais comuns é a osteoporose, que afeta cerca de 10 milhões de pessoas, segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso). Com isso, cultivar hábitos saudáveis e ficar atento aos mitos que envolvem esse hormônio é fundamental.  

Benefícios nutricional

Antes de tudo, conhecer as funções da vitamina - produzida pelo próprio corpo e sintetizada na pele pelos raios UVB - é importante. Ela está ligada ao funcionamento do corpo e contribui na prevenção de várias doenças. É o que explica a nutricionista Paula Andrade.

"Ajuda na resposta anti-inflamatória e antioxidante, no fortalecimento do sistema imunológico, protege o coração, contribui para a força muscular e auxilia na perda de peso (como coadjuvante no processo). Ele tem sido apontado como um fator importante no alívio dos sintomas da TPM e na prevenção da síndrome do ovário policístico e gestação saudável’’, informa a profissional. Além disso, segundo a nutricionista Alinne Lima, a vitamina também protege contra o Alzheimer, hipertensão, diabetes, esclerose múltipla e câncer. 

Alimentação de base

Além do banho de sol, o consumo de alguns alimentos é indicado. "Peixes como salmão, atum, sardinha, cavala, além de óleo de fígado de bacalhau, leveduras, fungos, cogumelos (shitake) e a carne bovina. Nos ovos, leites e derivados, como queijo, iogurte e manteiga, possuem uma quantidade menor, se estes, forem fortificados ou enriquecidos com a vitamina’’, indica Andrade.

Já sobre a suplementação, ainda segundo a especialista, é indicada para aqueles que, por algum motivo, não podem expôr-se ao sol de maneira satisfatória (dificuldade de locomoção ou problemas de pele, por exemplo), ou ainda aqueles que vivem em regiões onde tem pouco sol. "A necessidade de suplementação com vitamina D é maior em idosos, porque estes produzem quantidade menor da substância’’, aponta. 

Mitos x Verdades 

E como existe mito para tudo, com a vitamina D não seria diferente.  Cercada por ‘disse e me disse’, as nutricionistas revelam e explicam alguns pontos, como é o caso do uso do protetor solar e o tempo de exposição. "Melhor sol para o metabolismo da vitamina D é entre 10h e 15h, devido ao ângulo de incidência solar, e varia de 15 a 45 minutos’’, diz Alinne, que não indica longa exposição diária e nem doses em excesso, corroborada por Andrade.

"Altas doses de vitamina D não aumentam a densidade óssea e podem até baixá-la. As vitaminas em excesso podem ficar estocadas no tecido gorduroso, podendo causar intoxicação e prejudicar a absorção de outras‘’. Ainda segundo as especialistas, o uso do protetor solar é bem-vindo para não causar danos à pele, mas com algumas partes expostas como braços e pernas.

Serviço: 

Nutricionistas 

Alinne Lima
Consultório: rua José Bonifácio,205, Madalena, Recife
Instagram: @alinnelimanutri 

Paula Andrade 
Consultório: rua Joaquim Nabuco, 490, Derby
Instaram: @nutripaulinhaand