Após aprovação, funcionários da Amazon querem antecipar sindicalização já para o mês de maio
A votação foi realizada na sexta, com 55% a favor do sindicato
Após conseguirem criar o primeiro sindicato dentro da Amazon, funcionários da empresa exigem que as negociações sejam iniciadas já em maio deste ano. A entidade pede ainda que a companhia cesse qualquer plano de mudança nos contratos de emprego no armazém responsável pela sindicalização durante esse período.
Os trabalhadores do depósito, que fica em Nova York, votaram a favor de ingressar em um novo sindicato, o que foi considerado uma vitória histórica. A eleição no centro de distribuição JFK8, em Staten Island, foi apertada, com o Sindicato dos Trabalhadores da Amazon (ALU) vencendo com 2.654 votos a favor e 2.131 contra. Depois de assinar os resultados das eleições, o fundador da ALU, Christian Smalls, bateu palmas, apontou os dedos para o céu e ergueu o punho para comemorar o triunfo.
A vitória dos trabalhadores é um divisor de águas para a Amazon. A empresa com sede em Seattle, conseguiu manter os sindicatos fora de suas operações nos EUA por mais de 25 anos. A menos que a empresa consiga reverter o resultado, a Amazon terá que iniciar negociações contratuais que potencialmente podem prejudicar o agendamento em tempo real. A empresa tem até 8 de abril para contestar a decisão.
O resultado de Nova York pode encorajar trabalhadores e ativistas a tentarem se organizar em outras instalações da Amazon, ou até mesmo espalhar o movimento para outras indústrias. A empresa ainda não se pronunciou sobre a nova exigência do sindicato.
Especialistas esperam que a vitória em Nova York dê ânimo a ativistas trabalhistas e trabalhadores da Amazon e de outras empresas.
"Este é um grande impulso para todo o movimento trabalhista", disse Kate Bronfenbrenner, diretora de pesquisa em educação trabalhista da Universidade de Cornell. "Isso vai inspirar os trabalhadores, não apenas nos EUA. Aos olhos das pessoas, Amazon e Walmart são intercambiáveis como os maiores empregadores do setor privado que todos pensavam que não poderiam ser derrotados".