Julgamento de acusado de feminicídio no Complexo de Salgadinho, em 2016, ocorre nesta terça (5)
Sessão é presidida pela juíza Flávia Fabiane Nascimento Figueira
Acusado de matar e fingir um assalto para esconder a morte de Caroline Marry de Oliveira, estudante de 24 anos assassinada em outubro de 2016, o réu Jonata Zoberto Verçosa de Lima está sendo julgado nesta terça-feira (5), no Fórum de Olinda. A sessão, que começou pela manhã, está sendo presidida pela juíza Flávia Fabiane Nascimento Figueira.
O réu Jonata Zoberto Verçosa de Lima será julgado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, não dar chance de defesa à vítima e feminicídio), de acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que descreve a prática do crime tipificado no artigo 121, § 2º, incisos I, IV e VI, c/c §2º-A, I e II, do Código Penal. A vítima é Carolline Marry de Oliveira, com quem o réu tinha um relacionamento. O assassinato aconteceu na madrugada do dia 23 de outubro de 2016, dentro do carro do suspeito, durante a saída de um show no Complexo de Salgadinho, em Olinda.
Relembre o caso
Em outubro de 2016, Caroline Marry de Oliveira, de 24 anos, foi morta na saída do show Festeja Recife, em frente à antiga Fábrica Tacaruna, na Avenida Agamenon Magalhães.
No início das investigações, o caso estava sendo tratado como latrocínio (roubo seguido de morte), mas o inquérito policial concluiu que se tratava de um assassinato. Segundo a investigação da Polícia Civil, Jonata era namorado da vítima e não aceitava o fim do relacionamento.
Andamento do julgamento
Até o início da noite, foram ouvidas três testemunhas de acusação, e o réu está sendo interrogado.
Na sequência, terá início a fase de debates entre acusação e defesa, com 1h30 de duração para cada. Depois, poderá acontecer réplica do MPPE com duração de 1h e tréplica da defesa também com 1h de duração. Encerrado o debate, os jurados reúnem-se em uma sala reservada para decidirem pela culpa ou inocência do réu. Em seguida, a juíza fará a leitura da sentença no plenário.
A acusação está por conta das promotoras de justiça Maria Carolina Miranda Jucá Cavalcanti e Eliane Gaia.