Mortes em Bucha se aproximam de genocídio, diz premiê britânico
Governo britânico evita usar o termo "genocídio" por se tratar de uma classificação a ser determinada pela Justiça
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse nesta quarta-feira (6) que as mortes de civis em Bucha e em outros lugares da Ucrânia, atribuídas ao Exército russo, "não parecem estar longe do genocídio".
"Quando você olha para o que está acontecendo em Bucha, as revelações sobre o que [o presidente russo Vladimir] Putin está fazendo na Ucrânia, não parece longe de um genocídio, na minha opinião", comentou o líder conservador.
Em geral, o governo britânico evita usar o termo "genocídio", já que se trata de uma classificação a ser determinada, primeiramente, pela Justiça.
"Não tenho dúvidas de que a comunidade internacional e o Reino Unido, na linha de frente, agirão juntos de novo para impor mais sanções e medidas punitivas contra o regime de Vladimir Putin", acrescentou.
Em coordenação com a União Europeia (UE) e os países-membros do G7, os Estados Unidos devem anunciar mais sanções contra a Rússia nesta quarta-feira. Estas novas medidas são uma reação à descoberta, no último fim de semana, de dezenas de corpos civis em Bucha, às portas de Kiev, após a retirada das tropas russas.
Na segunda-feira (4), o presidente americano, Joe Biden, disse que quer ver "um julgamento por crimes de guerra", mas considerou que, em princípio, não se trata de "genocídio".
A ONU descreve genocídio como “um crime cometido com a intenção de destruir, total, ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial, ou religioso”.