'Não abrimos privilégios para ninguém', diz presidente da CBSK sobre Kelvin Hoefler
Atleta não aceitou condições da Confederação e não está na lista de convocado para a seleção de skate
Após a divulgação dos convocados para a seleção brasileira de skate, a modalidade voltou a uma antiga briga. O desentendimento entre o medalhista olímpico Kelvin Hoefler e a Confederação Brasileira, a CBSK. O atleta, que foi prata em Tóquio, ficou de fora da lista dos 25 convocados. Segundo a entidade, ele não aceitou alguns termos propostos em contrato que foram acatados por todos os outros convocados.
Horas após a divulgação da lista, Kelvin postou uma mensagem nas redes sociais onde afirmou que “enquanto o skate brasileiro não estiver em mãos de skatistas não existirá nenhuma consideração pelo nosso trabalho”. A mensagem foi direcionada à direção da CBSK, que hoje é presidida por Eduardo Musa, que não é praticante do esporte.
As exigências propostas pela CBSK são a participação em eventos da entidade, o uso do uniforme, estar à disposição da mídia, ter um adesivo da CBSK no skate e fazer posts institucionais em redes sociais. Também foi pedida a cessão de imagens individuais para fins institucionais, e coletiva, com fins comerciais, para empresas que não sejam concorrentes dos patrocinadores dos skatistas. Em contrapartida, a CBSK oferece um salário, plano de saúde, ajuda em viagens, entre outros benefícios. Contudo, Kelvin preferiu não associar seu nome à CBSK.
Nesta terça-feira, Eduardo Musa se manifestou sobre o assunto. Ele alegou que o primeiro parâmetro usado foi a convocação de quem esteve nas olimpíadas de Tóquio. E que a confederação conversou com os 12 atletas que participaram dos jogos.
— Oferecemos a cada um deles as mesmas condições contratuais. Todos os skatistas foram tratados em igualdade de condições. Não abrimos privilégios para ninguém. Sabemos que esse é o caminho dentro de um processo de profissionalização da modalidade — contou Musa.
O presidente da CBSK contou que os nomes dos selecionados para a seleção foram escolhidos por uma comissão técnica da entidade, que nunca deixou de ter skatistas em seus quadros:
— A CBSK nunca deixou de ser conduzida por skatistas. Vice-presidente, diretoria, consultores técnicos da seleção, membros do conselho de gestão da CBSK. Todas essas pessoas são skatistas com um peso histórico e reconhecimento da comunidade do skate mundial.