Nova York

Dono do maior canal do Spotify, Joe Rogan critica escola dos filhos por pregar antirracismo

Apresentador e lutador ainda citou caso George Floyd

Joe Rogan - Carmen Mandato / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP

O apresentador Joe Rogan, dono do canal mais ouvido no Spotify, criticou a escola na qual o filho estuda por, segundo ele, pregar que “não basta não ser racista, agora você deve ser antirracista”.

A fala ocorreu na última terça, durante a mais recente edição do seu podcast, quando ele entrevistava David Mamet, famoso dramaturgo, roteirista e diretor de Hollywood.

No episódio do “The Joe Rogan Experience”, o apresentador afirmou que o colégio no qual seu filho estudava, na Califórnia, “promoveu a ideologia antirracista” após a morte de George Floyd, em maio de 2020.

— Quando toda a coisa de George Floyd aconteceu, uma das escolas que meu filho ia divulgou este e-mail, dizendo que não basta não ser racista, agora você deve ser antirracista — defendeu Rogan, na edição de terça-feira do seu programa. — E meu filho tinha 9 anos na época. O que isso significa? Essas crianças não são nem remotamente racistas. Tipo, eles têm todos os tipos de amigos diferentes.

Rogan, no entanto, defendeu que, caso as escolas quisessem ensinar às crianças que “racismo é estúpido”, então, ele seria “a favor”. 

— Eu nunca os ouvi discutir isso uma vez. É apenas 'eu gosto dessa pessoa, e ela é legal comigo, e nós gostamos de brincar juntos e nós dois gostamos das mesmas coisas — disse.

No episódio, Rogan também acusou as pessoas de “cancelarem” aqueles que não estão de acordo com as opiniões convencionais sobre assuntos que vão desde a pandemia de coronavírus até política e raça.

Joseph James Rogan tem 54 anos e é de Newark, Nova Jersey. Alcançou certa fama como comediante de stand-up, tendo dois especiais do gênero no catálogo da Netflix, o "Joe Rogan: Strange Times", de 2018, e o "Joe Rogan: Triggered", lançado em 2016.

Faixa-preta de jiu-jitsu e taekwondo, é comentarista de UFC desde 2002 e se diz "apaixonado pelas artes marciais" desde os 13 anos. Também na televisão, apresentou seis temporadas do reality show "Fear Factor", da NBC, de 2001 a 2006. Além dessas credenciais, se descreve em seu site oficial como um "aventureiro psicodélico".

No dia 25 de maio de 2020, a polícia recebeu um telefonema de um vendedor de loja que acusava Floyd de ter usado uma nota falsa de US$ 20 para comprar cigarros. Ele foi abordado pela polícia, jogado no chão, e Chauvin se ajoelhou sobre seu pescoço por quase nove minutos, fazendo com que Floyd perdesse a consciência. 

Duas autópsias revelaram que esta foi a causa da morte. Chauvin foi demitido e, após julgamento, considerado culpado em três acusações: homicídio em segundo e terceiro graus e homicídio culposo em segundo grau. Outros três oficiais envolvidos no episódio também foram expulsos da corporação e serão acusados pela Procuradoria Geral de Minnesota de terem participado da ação e favorecido o assassinato.