Espetáculo 'As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão' chega em maio ao Santa Isabel
Com texto e letras de Newton Moreno e inspirado em depoimentos de mulheres envolvidas no Cangaço, peça cumpre temporada de 6 a 8 de maio
Sucesso de crítica e público, o musical original "As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão" faz curta temporada no Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio, Recife), de 6 a 8 de maio, com sessões às 21h nos dias 6 e 7 de maio e outra, no dia 8, às 19h. Ingressos custam R$100 e R$ 50 (meia), frisas e camarotes: R$ 80 e R$ 40 (meia), à venda no site Sympla, lojas Ticketfolia e bilheteria do teatro.
O espetáculo tem texto e letras de Newton Moreno, direção de Sergio Módena, direção musical de Fernanda Maia e elenco formado por Marco França, Vera Zimmermann, Luciana Ramanzini, Luciana Lyra, Rebeca Jamir, Jessé Scarpellini, Marcello Boffat, Milton Filho, Pedro Arrais, Lola Fanucchi, Nábia Villela, Carol Bezerra e Eduardo Leão.
O espetáculo
"As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão" estreou em 2019 no Teatro do Sesi (São Paulo) e é uma fábula inspirada nas mulheres que seguiam os bandos nordestinos atuantes contra a desigualdade social da região. A trama narra a história de um grupo de mulheres que se rebelam contra mecanismos de opressão encontrados dentro do próprio Cangaço e encontram, umas nas outras, a força para seguir. Além de reflexões sobre o conceito de justiça social que o Cangaço representava, o espetáculo também reflete sobre as forças do feminino nesse espaço de libertação e sobre a ideia de cidadania e heroísmo.
As canções originais foram compostas por Fernanda Maia (música) e Newton Moreno (letras), inspiradas em ritmos da cultura nordestina. "Nas canções usei várias referências da música nordestina e tive uma abordagem afetiva desse material, por ser filha de paraibano e por ter morado no Nordeste enquanto fazia faculdade de música. Nessa época, pude entrar mais em contato com a cultura do Nordeste, que é de uma riqueza ímpar, cheia de personalidade, identidade, poesia e, ao mesmo tempo, muito paradoxal. Esse trabalho foi a união das vozes de todos. Não há como receber um texto de Newton Moreno nas mãos e não se encantar com o universo que existe ali", conta Fernanda Maia.
Além dos atores cantarem em cena, o espetáculo traz cinco músicos para completar a parte musical (baixo, violão, guitarra, violoncelo e acordeão). Texto e música se misturam, palavra e canto se complementam, como se tudo fosse uma única linha dramatúrgica. "Optamos por uma narrativa que realmente seja uma continuação da cena e não um momento musical que pare para celebrar, ou para criar umas aspas dentro da história. Isso só é possível com canções compostas para o espetáculo. Buscamos um DNA totalmente brasileiro para a peça, tanto na embocadura, na fala, na construção do texto, como na interpretação dos atores. Não tem um modelo importado, não tem uma misancene importada, é uma investigação a partir de códigos que pertencem a uma estética do nosso país e do teatro brasileiro", comenta o diretor Sergio Módena.
A trama
Uma das grandes características dessa dramaturgia é seu caráter fabular e não de uma reprodução histórica e factual do que foi o Cangaço e o próprio Nordeste brasileiro da época. O enredo começa quando Serena (personagem de Rebeca Jamir) descobre que seu filho, que ela acreditava ter sido morto a mando do marido, Taturano (personagem de Marco França), está vivo.
Ela, então, larga seu grupo do Cangaço, chefiado por Taturano, para partir em busca de seu bebê. Neste momento ela não tem a dimensão de que sua luta para encontrar o filho se tornará uma luta coletiva, maior que seu problema pessoal. Outras mulheres que formavam o bando se engajam nessa batalha, além de futuras companheiras que cruzam seu caminho."A partir do momento que essa dramaturgia traz um bando de mulheres, que é algo que nunca ocorreu, temos uma liberdade para abrir várias janelas de reflexão, inclusive, fazendo um paralelo com o que estamos vivendo hoje. É uma reflexão sobre o sistema de opressão, no caso a mulher, mas você pode estender para qualquer camada social que está ali sendo historicamente oprimida", completa o diretor.
Prêmios e indicações:
-Vencedor do prêmio APCA 2019 de melhor dramaturgia (Newton Moreno)
-10 indicações ao prêmio Bibi Ferreira 2019 (Pedro Arrais - vencedor na categoria de melhor ator)
-Indicado ao Prêmio Shell 2019, na categoria de melhor dramaturgia
-8 indicações ao Prêmio Destaque Imprensa Digital 2019
-2 indicações ao Prêmio Aplauso Brasil 2019
-Indicado como melhor musical em 2019 pelos críticos da Folha de S. Paulo
-8 indicações ao Prêmio Brasil Musical 2019
Assista ao teaser:
Ficha técnica:
Elenco: Marco França, Vera Zimmermann, Luciana Ramanzini, Luciana Lyra, Rebeca Jamir, Jessé Scarpellini, Marcello Boffat, Milton Filho, Pedro Arrais, Lola Fanucchi, Nábia Villela, Carol Bezerra e Eduardo Leão.
Músicos: Pedro Macedo (contrabaixo), Bruna Duarte (contrabaixo), Daniel Warschauer (acordeon), Carlos Augusto (violão), Abner Paul (bateria), Felipe Parisi (violoncelo).
Dramaturgia: Newton Moreno
Direção: Sergio Módena
Produção: Rodrigo Velloni
Direção Musical: Fernanda Maia
Canções Originais: Fernanda Maia e Newton Moreno
Coreografia: Erica Rodrigues
Figurino: Fabio Namatame
Cenário: Marcio Medina
Iluminação: Domingos Quintiliano
Assistente de Dramaturgia: Almir Martines
Diretor Assistente: Lurryan Nascimento
Pianista Ensaiador e Assistente de Direção Musical: Rafa Miranda
Designer Gráfico e Ilustrações: Ricardo Cammarota
Fotografia: Priscila Prade
Produção Executiva: Swan Prado
Assistente de Produção: Adriana Souza e Bruno Gonçalves
Gestão Financeira: Vanessa Velloni
Administração: Velloni Produções Artísticas
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Produção Local: Art Rec Produções
Serviço:
As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão
Teatro de Santa Isabel: Praça da República, s/n, Santo Antônio, Recife
Dias 6 e 7 de maio, às 21h
Dia 8 de maio, às 19h
Informações: (81) 3355.3323
Ingressos:
Plateia: R$ 100 e R$ 50 (meia)
Frisas e camarotes: R$ 80 e R$ 40 (meia)
À venda no site Sympla, lojas Ticketfolia e bilheteria do teatro
Duração: 120 minutos
Classificação: 12 anos