Guerra da Ucrânia

UE anuncia sanções contra duas filhas de Putin

A lista, publicada no Diário Oficial da UE, inclui ainda 18 empresas e seus executivos, que terão seus ativos bloqueados

União Europeia - Aris Oikonomou/AFP

A União Europeia (UE) impôs nesta sexta-feira (8) sanções contra mais de 200 pessoas, entre elas duas filhas do presidente russo, Vladimir Putin, e vários oligarcas próximos ao presidente, devido à invasão da Ucrânia.

Maria Vorontsova e Katerina Tikhonova, nascidas respectivamente em 1985 e 1986, já foram alvo de sanções nos Estados Unidos e Reino Unido.

A lista, publicada no Diário Oficial da UE, inclui ainda 18 empresas e seus executivos, que terão seus ativos bloqueados e suas entradas proibidas nos 27 países do bloco.

Maria Vorontsova foi sancionada por seu cargo na Nomenko, uma empresa de projetos de investimentos no setor de saúde, que oferece "fontes substanciais de receita" ao governo russo, segundo o Diário Oficial.

Sua irmã, Katerina Tikhonova, chefia um fundo de apoio a jovens cientistas, criado por empresas cujos executivos "são membros do círculo de oligarcas próximos" a Putin.

Esta quinta série de sanções impõe ainda medidas econômicas como o embargo sobre o carbono russo a partir de agosto e o fechamento dos portos europeus às embarcações com bandeira russa.

As compras de carbono pela UE representam oito bilhões de euros anuais, uma soma muito inferior às compras de gás e de petróleo.

A medida foi tomada depois que corpos de civis foram encontrados no último fim de semana em Bucha, próximo de Kiev, após a retirada das forças russas. As imagens causaram comoção mundial e acusações de "crimes de guerra" contra a Rússia.

Empresários próximos a Putin, como Oleg Deripaska, Boris e Igor Rotenberg, irmão e filho do bilionário Arkadi Rotenberg, ou German Gref, presidente do principal banco russo, o Sberbank, foram acrescentados à lista europeia devido a seu apoio às ações "que ameaçam a integridade territorial" da Ucrânia, destacou a UE.

Os 27 também sancionaram vários funcionários de veículos de imprensa pró-Kremlin, como os diretores da agência TASS, Serguei Mijailov, o da Komsomolskaia Pravda, Vladimir Sungorkin, considerado por Vladimir Putin como "seu jornal preferido", segundo essa lista.

Também foram acrescentados membros dos governos e das assembleias das repúblicas separatistas pró-russas de Lugansk e Donetsk.

Esta lista, criada em 2014 após a anexação da Crimeia, contém agora os nomes de 1.091 pessoas e 80 entidades.