GUERRA NA UCRÂNIA

Presidente da Ucrânia denuncia "centenas de estupros" em zonas ocupadas pelos russos

Zelensky denuncia indícios do uso do estupro como "arma de guerra" de militares russos

Presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky - Presidência da Ucrânia/AFP

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, denunciou nesta terça-feira (12) "centenas de casos de estupro" nas áreas ocupadas pelo Exército russo, "incluindo meninas menores de idade e meninos muito pequenos". 

"Nas zonas libertadas dos ocupantes, o registro e a investigação de crimes de guerra cometidos pela Rússia continuam. Novas valas comuns são encontradas quase diariamente", afirmou ele em mensagem ao Parlamento lituano por videoconferência.

"Milhares e milhares de vítimas. Centenas de casos de tortura. Corpos continuam sendo encontrados em esgotos e porões", continuou.

"Centenas de casos de estupro foram registrados, incluindo os de meninas menores de idade e crianças muito pequenas. Até um bebê! Só de falar sobre isso é assustador", disse Zelensky.

O presidente lituano Gitanas Nauseda afirmou, por sua vez, que "é simplesmente impossível imaginar maiores horrores" e lamentou que "alguns países da União Europeia ainda não se atrevem a decidir quando vão limitar as compras de petróleo russo".

Vários depoimentos colhidos pela mídia corroboram os temores das ONGs, que apontam indícios do uso do estupro como "arma de guerra". Uma mulher ucraniana disse à AFP que foi estuprada por dois soldados russos quando descobriram que ela era esposa de um militar ucraniano.